Segurança: Polícia de São Paulo ganha manual com procedimentos de investigação

Objetivo da Polícia Civil é padronizar métodos de trabalho para aprimorar a investigação e a coleta de provas

qui, 16/01/2003 - 11h00 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Segurança Pública lança nesta quinta-feira, dia 16, o Manual Operacional do Policial Civil. O livro, com 600 páginas, teve impressão de 20 mil exemplares, que serão distribuídos aos delegados e investigadores do Estado. A solenidade será realizada nesta manhã no salão nobre da Secretaria, com a presença do titular da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho; delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo; diretor da Academia de Polícia (Acadepol), Eduardo Hallage; e autores da publicação.

O manual reúne informações adquiridas por anos de trabalho e experiência acumulada pelos profissionais que se dedicam à investigação criminal. Foi concluído no final do ano passado por uma equipe de 10 policiais civis, mestres da Acadepol. “Queremos aprimorar a investigação e a coleta de provas e este manual detalha os procedimentos do policial em todo tipo de crime”, explica o delegado-geral.

Desgualdo informa que o livro vem em boa hora, pois os criminosos, a cada dia, estão ousando mais e adotando novos métodos. O delegado cita estelionatos, crimes ambientais e quadrilhas organizadas como modalidades surgidas no últimos anos.
Ações padronizadas

O objetivo da polícia civil é padronizar métodos de trabalho de delegados e investigadores. Para tanto, o manual conta com 25 capítulos sobre doutrina, legislação, modelos de investigação, formulários de perícia e de recognição visuográfica (observação aliada à ciência para chegar ao perfil do criminoso) e ainda dos locais dos delitos. Enfoca crimes comuns, virtuais e ambientais e mostra até glossário com gírias faladas por criminosos no País.

O trabalho teve a coordenação do delegado Carlos Alberto Marchi Queiroz, responsável também por alguns capítulos. Participaram os professores José Alves dos Reis, José Lopes Zarzuela (dois especialistas que faleceram antes do término da obra), Antonio Manino Júnior, Jarim Lopes Roseira, Antonio Rossi dos Santos, Haroldo Ferreira, Berta Fernanda Paschoalick, Dilermando Queiroz Filho, Miriam Pereira Baptista, Marcelo de Lima Lessa e Maria Solange Ferreira Xavier.

Os capítulos do manual são: Noções Gerais e Metodologia Aplicável, Meios Básicos de Investigação Policial, Rotinas Investigatórias, Rotinas Investigatórias na Legislação Penal Especial, Telecomunicações, Informações, Isolamento e Preservação de Locais de Crime, Recognição Visuográfica de Local de Crime, Retrato Falado, Busca Domiciliar, Busca em Veículo, Busca Pessoal, Policiamento Preventivo Especializado, Cerco e Escolta, Gerenciamento de Crises, Lavagem de Dinheiro, Crime Organizado, Direção Defensiva e Direção Preventiva, Armamento e Tiro, Noções de Medicina Forense, Noções de Criminalística, Requisições de Exames Periciais e Glossário de Gírias.

O delegado Queiroz é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUC de Campinas, mestre em Direito Penal pela USP, diplomado em Estudos Europeus pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal), professor titular de Direito Penal da Unip em Campinas, professor convidado da Acadepol do Amazonas e professor de Inquérito Policial da Acadepol paulista.

Da Agência Imprensa Oficial
e Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública

A.M.