A Polícia Militar (PM) e a Universidade de São Paulo realizaram parceria inédita na área de segurança pública, que possibilitou ao Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) elaborar um projeto-piloto de vigilância com câmera de monitomento 24 horas e comunicação por fibra óptica. A câmera, instalada num dos principais cruzamentos do centro de São Carlos, foi inaugurada em março.
O responsável pelo projeto, professor Vanderlei Bagnato, do IFSC, explica que a polícia não dispõe de muitos recursos para inovar a sua tecnologia. “O projeto-piloto custou cerca de R$ 12 mil. Se uma empresa fosse contratada, certamente o valor seria superior e não daria à PM toda a autonomia para cuidar do sistema.’
A câmera, adquirida pelo centro de pesquisa, é mais sofisticada que as usadas para segurança de instalações internas. Tem capacidade de movimento de 360 graus e nitidez absoluta. De acordo com o pesquisador, o uso confidencial da imagem também foi assegurado. Todo o sistema passou por testes em laboratório antes da instalação.
Fibra óptica
A central da polícia, que vai observar as imagens, fica a aproximadamente dois quilômetros do cruzamento escolhido. A ligação é feita por cabos de fibra óptica instalados nos postes convencionais da cidade. A câmera oferece imagem nítida de objetos e de pessoas a mais de 200 metros de distância. Também proporciona o reconhecimento de placas de veículos e da fisionomia humana.
‘A idéia do projeto é evitar o delito. Quando a central de polícia localiza algo suspeito, informa à viatura mais próxima para verificar o que acontece’, explica Bagnato. A partir de agora, a polícia vai ser instruída sobre como fazer a manutenção do equipamento.
‘Esse é um projeto-piloto que deverá ser encampado pela iniciativa privada para melhoria do sistema de segurança de São Carlos. Num futuro próximo, deverá ser expandido para 40 câmeras”, garante o pesquisador. “Esse projeto mostra que a universidade tem competência para auxiliar na solução dos problemas sociais. Temos de ser mais procurados pela sociedade’, conclui.
Da Agência USP
Da Agência Imprensa Oficial
(AM)
