Segurança: Método Giraldi redefine postura policial perante o crime

Método é recomendado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp)

ter, 12/07/2005 - 10h32 | Do Portal do Governo

Capitães da Polícia Militar e delegados da Polícia Civil do Estado de São Paulo começam, nesta terça-feira, dia 12, no Centro de Formação de Soldados de Pirituba, um curso de tiro ao qual será aplicado o método de ensino reconhecido mundialmente: o Tiro Defensivo na Preservação da Vida, mais conhecido como Método Giraldi.

De 12 a 15 de julho e de 30 de agosto a 2 de setembro, os policiais passarão por um treinamento em um labirinto que simula seqüestros e perseguições, entre outras ocorrências, desenvolvidas sob a orientação do Método Giraldi. “No curso, alvos interativos conversam e fazem movimentos inesperados. O policial é treinado para saber o momento em que deve ou não atirar”, explica o assessor especial da Secretaria da Segurança Pública, Laurence Lourenço.

Inovação

Desenvolvido e constantemente aprimorado pelo coronel da reserva da Polícia Militar, Nilson Giraldi, de 74 anos, o Método tem como princípio fundamental o treinamento policial – com base na simulação de situações de risco – para o uso racional da arma de fogo. Os policiais são instruídos a sempre tentar a negociação com os criminosos para que eles se entreguem sem que seja preciso atirar e, com isso, arriscar, principalmente, a vida da vítima.

“Nos últimos 20 anos, o Método tem sido adaptado às novas circunstâncias do crime. É uma evolução na instrução do tiro dentro das Polícias Militar e Civil, com a finalidade de servir e proteger a sociedade”, argumentou Giraldi. O coronel acrescenta que o tempo nas situações de risco é uma ferramenta a favor, ou seja, é importante que o policial não se precipite e atire contra os criminosos apenas em casos de autodefesa, proteção da vítima e do ambiente.

Reconhecimento

O Método Giraldi é recomendado pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha e pelos Direitos Humanos como o treinamento policial mais apropriado para o uso de armas de fogo. O sucesso do procedimento difundido pelo coronel já o levou a formar professores em vários Estados brasileiros e em países da América Latina.

Susan Souza
Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública