Segurança: Departamento de Inteligência forma policiais para uso de novas tecnologias

Nova tecnologia alcança métodos mais eficientes e precisos no combate à criminalidade

qua, 29/06/2005 - 9h18 | Do Portal do Governo

A Polícia Civil do Estado de São Paulo tem investido em mecanismos de inteligência que otimizam o combate ao crime. Com a instalação de sistemas interligados como, por exemplo, o Ômega (responsável pelo cruzamento de informações criminais de áudio, vídeo, foto e dados da Junta Comercial), tem sido necessário treinar o policial para que ele se adapte e saiba usar as novas tecnologias.

Em novembro de 2003, o DIPOL (Departamento de Inteligência de Polícia Civil) aplicou um treinamento de inteligência para 3500 policiais. “Inteligência em segurança publica é uma linguagem nova e a policia civil, sob um ponto de vista, estava fora. A maior dificuldade que temos é treinar. Estamos preocupados em formar agentes multiplicadores, professores na área de inteligência”, disse o diretor do DIPOL, Massilon Bernardes.

De acordo com o delegado da Divisão de Tecnologia da Informação do DIPOL, André Dahmer, além da necessidade de se continuar a ramificar o sistema inteligente pelo Estado, é importante que haja uma mudança cultural dentro da Polícia Civil para que o funcionamento do sistema seja satisfatório. “Há investimento e preocupação no treinamento policial. O grande saldo é esta informatização, o foco na inteligência, o treinamento do policial e o aculturamento”, declarou o delegado. O Departamento de Inteligência foi criado pela Polícia Civil em 2002 e tem como objetivo o emprego da inteligência na Segurança Pública.

Inovação

Um investimento de R$ 25 milhões foi destinado para que o sistema Phoenix, já em fase de implantação, seja estendido às delegacias seccionais de todo o Estado de São Paulo até o final de 2006. O Phoenix é um sistema que irá integrar as informações do RDO com banco de dados de fotos, impressões digitais, imagens, sons e outras características físicas, como, por exemplo, tatuagens. O novo sistema, que utiliza tecnologia italiana, permitirá ainda a construção de retratos falados simultaneamente ao registro do boletim de ocorrência.

A delegada Tânia Simonaka, responsável pela área de Gerenciamento Eletrônico das Informações Policiais, do Dipol, explica que o objetivo é interligar os dados do Phoenix e do Ômega para, desse modo, tornar o banco de informações criminais amplo e de fácil acesso a partir de qualquer delegacia do Estado. “Vamos conseguir interligar fatos e pessoas, criando o que na polícia chama-se árvore mafiosa”, ressalta a delegada.

Integração

Na prática, a integração dos sistemas de inteligência já possibilitou a reestruturação geográfica do efetivo da Polícia Militar de acordo com o mapeamento das ocorrências de cada região. Segundo o capitão Alfredo Deak Júnior, responsável pela área de Informações Quantitativas da Polícia Militar, com o uso do COPOM Online (Centro de Operações da Polícia Militar) aumentou a eficiência da repressão ao crime. “A Polícia pode ver, com o apoio de mapas e imagens de satélites, onde aquela ocorrência está acontecendo naquele momento”, assinala Deak.

Ao optar pela utilização de sistemas inteligentes, o trabalho policial alcança métodos mais eficientes e precisos no combate à criminalidade. “A máquina pensa pelo policial. Você tem a informação em tempo real e sem intervenção humana”, disse o coordenador de Tecnologia da Secretaria da Segurança Pública, Algney Degasperi.

Susan Souza, da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública