Segurança: Deic prende quadrilha acusada de desviar dinheiro dos clientes do Banco do Brasil

Segundo a polícia, o grupo faturava cerca de R$ 70 mil por semana

qui, 15/07/2004 - 15h19 | Do Portal do Governo

Policiais civis da Delegacia de Roubo a Bancos do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) prenderam cinco pessoas acusadas de desviar dinheiro de clientes do Banco do Brasil pela internet. Segundo a polícia, o grupo faturava cerca de R$ 70 mil por semana.

Anderson Silva, 33 anos, apontado como líder do grupo, foi preso em Jaú, Interior do Estado. Os outros envolvidos foram presos na zona Leste de São Paulo: a ex-mulher de Silva, Márcia Soares de Jesus, 32, Marinaldo da Silva Resende, 33, e o casal Kleber Scheffer da Silva, 29 e Bianca Correia Scheffer, 27. Os cinco acusados responderão por formação de quadrilha e estelionato.

Com o grupo, foram apreendidos R$ 56 mil em dinheiro, uma Pajero, uma Zafira, dois Fiat Stilo, um Gol, uma Strada e uma motocicleta. Também foram localizados dois imóveis, de cerca de R$ 300 mil cada um. Todos os bens ficarão à disposição da Justiça. Cinco computadores e diversos CDs apreendidos passarão pela perícia para a polícia identificar os clientes lesados e se há a participação de outras pessoas.

O golpe

As investigações do Deic foram iniciadas há três meses, quando o Banco do Brasil procurou a polícia. De acordo com o Deic, os criminosos quebravam o protocolo de segurança de provedores de internet. Desse modo, os clientes que tentavam acessar a página do banco eram remetidos para uma página falsa.

No site montado pela quadrilha, os clientes digitavam dados pessoais, número da conta e senha. Ao confirmar, a página exibia um aviso de erro e jogava o cliente para o verdadeiro site do banco. Porém, as informações da vítima já estavam gravadas para o bando.

Para sacar o dinheiro desviado, o grupo oferecia cerca de R$ 150 para correntistas do banco ‘alugarem’ suas contas. O correntista então fornecia o cartão e a senha para que os criminosos sacassem o dinheiro, que era transferido pela internet. Os saques ocorriam geralmente no final ou início do expediente.

Segundo o Deic, cerca de 500 pessoas ‘alugaram’ suas contas para os criminosos e podem responder por estelionato.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública

M.J.