São Paulo – Durante a entrevista coletiva que o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petreluzzi, está concedendo nesta quinta-feira, dia 30, na futura sede da Secretaria de Segurança Pública, no centro da Capital, ele informou que pela manhã o controle das operações de resgate do empresário e apresentador Silvio Santos ficariam com um comando único. Assim foi solicitado que a Polícia Civil se retirasse do local e o controle passaria para a Polícia Militar. O responsável pela negociação foi o capitão Diógenes Lucca, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
Silvio Santos solicitou um telefone celular que estivesse conectado com o celular do secretário da Segurança e informou que o seqüestrador Fernando Dutra Pinto temia pela própria vida. Por essa razão, o apresentador insistiu que a presença do governador Geraldo Alckmin era necessária e única alternativa para que não ocorresse algo pior. Petrelluzzi informou que o governador estava fora de São Paulo, mas faria o contato.
Alckmin retornou a São Paulo e foi para o Palácio dos Bandeirantes, de onde acompanhou o desenrolar dos acontecimentos e, após uma análise com o comando da operação, ficou decidido que a solução de menor risco era o governador ir até o local.
“Em uma situação limite, qualquer decisão é uma decisão de risco”, afirmou Petrelluzzi.
O secretário disse ainda que em nenhum momento o governador ficou exposto ao perigo, pois a presença dele no local foi planejada e todos os cuidados foram tomados.
O sequestrador Fernando Dutra Pinto, que estava ferido nos pés e nádegas, deverá responder por crime de formação de quadrilha, extorsão mediante seqüestro e duplo homicídio qualificado. Ele está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP), no bairro do Belém.
Adriana Reis / Carlos A. Prado
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