Secretaria do Meio Ambiente avalia 20 anos de ações de Educação Ambiental

Seminário foi realizado nesta quinta-feira, dia 13

sex, 14/11/2003 - 9h24 | Do Portal do Governo

A Secretaria do Meio Ambiente do Estado – SMA promoveu, nesta quinta-feira, dia 13, o Seminário ‘Educação Ambiental: 20 Anos de Políticas Públicas’, no Parlamento Latinoamericano – Parlatino, na Capital.

O evento foi aberto pela secretária-adjunta do Meio Ambiente, Suani Teixeira Coelho, a qual ressaltou que o encontro é a ilustração de todos os trabalhos desenvolvidos pela SMA, mostrando a importância da educação ambiental como uma ferramenta na melhoria do serviço público no atendimento às demandas da sociedade.

Para a advogada Lúcia Bastos Ribeiro de Sena, coordenadora de Planejamento Ambiental Estratégico e Educação Ambiental, o encontro resgata a memória dos projetos desenvolvidos nos últimos vinte anos e adianta que a SMA pretende, para 2004, criar o Programa Estadual de Educação Ambiental com ações efetivas para envolver a comunidade no processo de gestão dos recursos naturais.

O primeiro módulo do encontro teve como tema ‘O que se pensa, o que se faz’, com mediação do diretor do Curso de Extensão da Faculdade Senac, Eduardo Ehlus, onde foram apresentadas as atividades de educação ambiental promovidas pelos diversos órgãos que compõem o sistema de meio ambiente do Estado.

O primeiro palestrante foi o engenheiro João Antônio Fusaro, coordenador de Licenciamento Ambiental e de Proteção de Recursos Naturais – CPRN, que ressaltou que a educação ambiental é um recurso para a conscientização da comunidade utilizado pelos três departamentos que compõem a sua coordenadoria: o Departamento de Uso do Solo Metropolitano – DUSM, o Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais – DEPRN e o Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental – DAIA. Para o Fusaro, a educação ambiental faz a sociedade se comprometer com as ações de preservação.

Para Fernando Rei, diretor de Controle da Poluição da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, ‘a educação ambiental é um caminho na busca de um gerenciamento ecológico’, justificando a sua prática, de forma rotineira, em todas as 34 agências ambientais distribuídas pelo Estado.

A publicitária Vera Lúcia Cezaretto, falando de sua experiência nessa atividade, explicou que o trabalho de atendimento à comunidade, realizado pela Diretoria de Controle da Poluição, não se restringe apenas às denúncias e, sim, a um exercício mais profundo de contato com a população local, formando, inclusive, agentes mutiplicadores das atividades de controle e fiscalização.

O engenheiro agrônomo Luiz Mauro Barbosa, diretor-geral do Instituto de Botânica, salienta que os programas educacionais são fundamentais para a pesquisa e o conhecimento da biodiversidade de nosso Estado. Outro agrônomo, Dácio Roberto Mateus, diretor-técnico desse mesmo instituto, lembra que “o Jardim Botânico é uma escola prática onde os estudantes aprendem e se educam”.

Segundo Mateus, as atividades educacionais auxiliam na conservação da biodiversidade do Jardim Botânico e transmitem aos visitantes, que chegam a uma média anual de 100 mil pessoas, a importância da preservação de um espaço de 526 hectares com 129 famílias de espécies arbóreas.

Para a geóloga Sônia Aparecida Abissi Nogueira, diretora do Instituto Geológico, o Museu Geológico Valdemar Lefévre assimila o espírito da educação ambiental na divulgação do trabalho ali desenvolvido. Sua boa localização, no Parque da Água Branca, ao lado das atividades educacionais, propicia a visitação de 90 mil pessoas por ano. O seu acervo é peça fundamental, pois é composto de equipamentos geológicos, fotos, mapas, minerais, rochas e fósseis.

A Fundação Florestal aproveita os conceitos de educação ambiental em seus programas, realizados em parceria com a comunidade. Um exemplo é o Projeto de Ordenamento da Exploração de Ostras no Mangue do Estuário de Cananéia, premiado na Conferência Rio+10, em Johannesburgo, que, ao organizar uma comunidade por meio de ações educativas, provou a possibilidade de sobrevivência de quilombolas por meio da coleta racional de ostras nos mangues do Lagamar.

A engenheira florestal Antônia Pereira de Ávila Vio, diretora executiva da Fundação Florestal, lembra que a educação ambiental ‘contribuiu na conscientização das comunidades tradicionais quanto à importância da preservação dos mangues, das matas e da fauna do nosso ecossistema”.

Os trabalhos no período da manhã contou, ainda, com os depoimentos da bióloga Maria de Jesus Robim, do Instituto Florestal, que destacou os projetos desenvolvidos nas 90 unidades de preservação administradas pelo órgão e que recebem aproximadamente um milhão de visitantes por ano e do coronel João Leonardo Mele, comandante da Polícia Militar Ambiental, que salientou a diminuição expressiva de apreensão de animais devido à conscientização e participação da comunidade na proteção da fauna e da flora.

Por Cris Couto, da Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente

(LRK)