Mais de mil professores participaram nesta terça-feira, dia 28, do primeiro curso de capacitação de educadores dentro do Plano de Segurança nas Escolas, divulgado no início de maio. Com o tema ‘Segurança se faz com educação. Educação se faz com afeto’, o encontro reuniu 11 representantes de cada uma das 89 diretorias de ensino, no parque Hopi Hari, em Vinhedo.
Em palestras e debates, os professores foram convidados pelo secretário Gabriel Chalita a diagnosticar problemas sociais e abrir as escolas para promover integração com a comunidade.
Mais de 200 mil profissionais do quadro do magistério serão capacitados
Além das ações de segurança, como a implantação de câmeras de vídeo, alarmes, ronda escolar e contratação de vigias, a secretaria está promovendo a capacitação dos 200 mil profissionais do quadro do magistério, atualizando e aperfeiçoando o método de ensino na abordagem de temas fora das disciplinas convencionais e curriculares. ‘A capacitação irá ajudar o
professor a entender o que leva, por exemplo, um jovem às drogas, e que tipo de ações preventivas tem mais chances de funcionar’, comentou o secretário de Educação, professor Gabriel Chalita.
O encontro reuniu o secretário de Estado da Educação, prof. Gabriel Chalita; o secretário da Justiça, Dr. Alexandre de Moraes, a escritora Lygia Fagundes Telles, o jornalista Gilberto Dimenstein e o escritor Frei Betto. Para Lygia, ‘o Brasil precisa de mais escolas, para ter menos hospitais e menos cadeias’. Na ocasião, Dimenstein apresentou Esmeralda, jovem que era viciada em crack, foi interna da Febem e que hoje, aos 19 anos, superando as dificuldades, voltou a estudar. ‘Antes, eu ia à escola para comer merenda, me sentia discriminada pela minha cor e por ser filha de alcoólatra.’
A capacitação, cujo tema é ‘Segurança se faz com Educação. Educação se faz com afeto’, teve como objetivo preparar os educadores dentro do princípio da escola atuar como uma célula na comunidade. Assim, os professores precisam se envolver não apenas com os estudantes na sala de aula, mas com toda a sociedade. A partir disso, fica mais fácil entender os problemas e encontrar as maneiras mais eficazes de combater possíveis crises dentro das escolas.
