O Estado de São Paulo recebeu entre 1996 e agosto de 2002 investimentos de US$ 147 bilhões, segundo pesquisa sobre investimentos anunciados da Fundação Seade. O resultado é considerado expressivo pelo governo estadual, mas um dado chama atenção. No período, a Grande São Paulo foi o destino de US$ 47,9 bilhões (32,59%), enquanto a região de Campinas, o maior destino de empresas e grandes investimentos dos últimos anos, recebeu US$ 24,15 bilhões (16,43%).
O dado mostra que o esvaziamento industrial e econômico da Grande São Paulo não é tão dramático e a região, apesar dos problemas, ainda é bastante atraente para investimentos, embora Campinas esteja crescendo de forma acelerada.
A região de São José dos Campos vem a seguir como o destino preferido dos investidores e das empresas entre 1996 e agosto de 2002, com US$ 17,5 bilhões (11,87%). Adiante, aparecem as regiões da Baixada Santista, com US$ 6,2 bilhões (4,22%), Sorocaba, com US$ 4,9 bilhões (3,34%), Araraquara, com US$ 2,6 bilhões (1,79%) e Ribeirão Preto, com US$ 2,048 bilhões (1,39%). A região administrativa que menos teve fluxo de investimentos foi a de Registro, no Vale do Ribeira, com US$ 8 milhões.
Em relação à divisão por setores da economia, a indústria absorveu US$ 85,6 bilhões, dos quais US$ 18 bilhões na indústria automotiva e US$ 14,2 bilhões no setor de eletricidade. Os serviços receberam US$ 55,3 bilhões – US$ 22 bilhões em telecomunicações e US$ 12,35 bilhões em atividades imobiliárias. O comércio teve como quinhão US$ 5,51 bilhões entre 1996 e agosto de 2002.
A pesquisa tem o propósito de identificar os anúncios de novos investimentos no Estado e coleta, apenas, anúncios de investimentos produtivos. Ou seja, aqueles que, uma vez realizados, aumentarão a capacidade produtiva da economia, passando a contribuir para o aumento da produção de bens e serviços e, conseqüentemente, para a geração de empregos.
Da Central Digital Para o Desenvolvimento do Governo do Estado
V.C.
