Seade: Fundação lança nova edição do Anuário Estatístico do Estado de São Paulo

Edição apresenta novidades importantes, como navegação mais ágil e melhor apresentação das tabelas, gráficos e mapas

ter, 25/05/2004 - 13h03 | Do Portal do Governo

Os usuários da internet da Fundação Seade, vinculada à Secretaria de Economia e Planejamento do Governo Estadual, têm acesso ao Anuário Estatístico do Estado de São Paulo de 2002, a partir desta terça-feira, dia 25. Essa edição apresenta novidades importantes: navegação mais ágil e melhor apresentação das tabelas, gráficos e mapas em seus formatos para impressão e visualização na tela do computador. Também será possível salvar em arquivo as tabelas escolhidas, o que facilitará a recuperação e o manuseio dos dados pelos pesquisadores. As informações podem ser consultadas no endereço: www.seade.gov.br.

O Anuário Estatístico é publicado desde o final do século XIX e conta, através de números, a história do Estado de São Paulo nas áreas socioeconômica e demográfica. A introdução geral desta edição – para a qual foram consultadas 87 fontes – permite uma reflexão sobre a situação do Estado (e regiões) e sua inserção no contexto nacional.

Finanças públicas e sistema financeiro

O desempenho das finanças do Governo paulista foi positivo, com aumento da receita total e diminuição da despesa, gerando um superávit de R$ 618,3 milhões, que pode ser atribuído à política de austeridade fiscal implementada nos últimos anos.

Na análise regional, a arrecadação de ICMS e IPVA da Região Metropolitana de São Paulo mais uma vez reflete a importância que esta região tem na produção de bens e serviços e no tamanho da frota de veículos. Entretanto, considerando-se o valor adicionado, calculado pela Secretaria da Fazenda para servir como um dos critérios para a partilha da cota-parte do ICMS, verifica-se a continuidade no declínio da participação da região e do município da capital neste valor. As transferências correntes mantiveram-se como a principal fonte de receita das prefeituras e, dessas, as do Estado correspondem a quase 40% da receita municipal.

A dependência de transferências para o financiamento público não se dá de forma homogênea entre os municípios, sendo menor naqueles que concentram a população e a atividade econômica, como São Paulo, Campinas, Bauru e Marília, onde a participação da receita tributária é significativa.

A importância da Região Metropolitana de São Paulo pode ser observada na movimentação financeira, uma vez que nela se concentra a maioria dos depósitos totais e das operações de crédito do Estado. Já a distribuição de agências espelha de forma melhor a distribuição da população no interior do Estado. Apesar da reestruturação do sistema bancário, houve aumento no número de agências, pois na crescente disputa no mercado de varejo a agência constitui um ativo estratégico para os bancos.

Mercado de trabalho

A geração de postos de trabalho, em 2002, foi insuficiente para absorver o contingente de pessoas que ingressaram no mercado, resultando em aumento do desemprego aberto no Estado e do desemprego total (soma do aberto e do oculto) na Região Metropolitana de São Paulo. Nesta região, a taxa de desemprego total ficou em 19% da PEA. Comparado com 2001, também aumentou o tempo médio despendido na procura por um novo trabalho.

A proporção de novos postos de trabalho com vínculo formal ocupados por mulheres foi maior do que a de homens, mas isto não significou para elas melhoria no plano salarial, em que as mulheres tiveram uma perda maior que os homens. Em geral, houve diminuição dos rendimentos médios dos ocupados e dos assalariados, assim como do rendimento médio familiar.

Agropecuária

O valor da produção agropecuária cresceu em 2002, devido principalmente aos aumentos de preços e, em menor proporção, ao incremento da produção. Os principais produtos ainda são a cana-de-açúcar, a carne bovina e a laranja. Os salários, no entanto, não refletem os resultados econômicos do setor, registrando queda em suas remunerações.

Educação e cultura

A educação básica, no Estado de São Paulo, apresentou aumento de matrículas da educação infantil, redução de matrículas no ensino fundamental e estabilidade no atendimento do ensino médio. A rede municipal, responsável pela maior parte do atendimento na educação infantil, vem expandindo sua participação no ensino fundamental, fruto do processo de transferência de matrículas oriundas da rede estadual.

A rede estadual, por sua vez, respondeu por metade das matrículas do ensino médio. A participação de docentes sem formação de nível superior ainda era elevada no ensino fundamental, apesar de alguns municípios e do governo estadual oferecerem Curso Normal para formação em nível superior. Ainda era elevada a proporção de alunos com defasagem entre a idade ideal e a série cursada, sugerindo que as medidas para melhorar o desempenho do sistema escolar não alcançaram plenamente o resultado esperado. No ensino superior, que apresentou ampliação no número de matrículas, continua predominante a presença da rede privada.

No Estado, existiam 5.410 equipamentos culturais, entre bibliotecas, cinemas, museus, teatros, centro/casas de cultura e outros tipos. A maior parte desses equipamentos encontrava-se na Região Metropolitana de São Paulo, especificamente na capital. Em geral, os órgãos governamentais são seus mantenedores, com exceção dos cinemas.

Transportes

O transporte coletivo urbano por ônibus, metrô e trens apresentouacréscimo no volume de passageiros no Município de São Paulo e no Sistema Metropolitano de Transporte por Ônibus e Trólebus (envolvendo os 67 municípios das Regiões Metropolitanas de São Paulo, da Baixada Santista e de Campinas). Na capital, o transporte sobre trilhos (metrô e trens) vem tendo crescente participação, reflexo da melhoria e ampliação da prestação de serviços. Já o transporte aéreo no Estado registrou reduções no movimento de aeronaves, passageiros e cargas, nos vôos regionais, domésticos e internacionais. O aeroporto de Congonhas -exclusivamente de vôos domésticos – constituiu a exceção, com pequeno aumento no movimento de aeronaves e passageiros.

Da Assessoria de Imprensa da Fundação Seade