Saúde: Tratamento mais moderno do mundo garante raiva humana longe de SP desde 2001

Agosto é conhecido como 'mês do cachorro louco' e a Secretaria distribui vacinas para todo o Estado

ter, 20/07/2004 - 12h05 | Do Portal do Governo

Agosto é o chamado mês do cachorro louco. Ou, pelo menos no Estado, era. São Paulo não registra caso de raiva em pessoas desde 2001. Isso devido principalmente a um novo tipo de tratamento, implementado em 2000 pela Secretaria de Estado da Saúde, considerado o mais moderno do mundo.

Responsável pela distribuição de vacinas a todas as 645 cidades do Estado, o Instituto Pasteur, órgão da Secretaria que completa 101 anos também em agosto, iniciou de forma coordenada a imunização contra raiva em 1975. Nesta época era preciso tomar cerca de 40 vacinas na barriga para ficar imune à doença depois de mordido por cão, gato ou morcego.

Atualmente são necessárias cinco doses no braço. Essas vacinas são aplicadas em qualquer suspeita e buscam impedir a aparição da doença.

As doses são aplicadas em casos de pós-exposição (pessoas que tiveram qualquer tipo de acidente com mamíferos). Mas também estão disponíveis em casos de pré-exposição, à veterinários, funcionários de canis, laçadores de cães e ecoturistas. Nesse último caso, são aplicadas apenas três doses.

A mudança de tratamento em 2000 ocorreu depois que a Secretaria verificou a possível ocorrência de reações adversas neurológicas à antiga vacina, oriunda de cérebros de camundongos recém-nascidos. O Estado passou então a comprar no exterior um imunobiológico mais puro e de melhor qualidade, produzido em cultura de células, considerado o mais moderno do mundo.

Geralmente em agosto as Prefeituras realizam campanhas de vacinação destinadas a cães e gatos. Essas doses também são distribuídas pelo Instituto Pasteur. Mas o perfil da doença tem mudado nos últimos cinco anos. Até 1998 a principal preocupação era com animais domésticos. ‘Mas de lá para cá foram detectados 32 casos de raiva entre cães e gatos, sendo praticamente todos oriundos de vírus encontrado em morcegos’, afirma a diretora do Instituto Pasteur, Neide Takaoka.

É importante que na vacinação de agosto a população também leve gatos aos postos, não apenas cachorros. Os felinos são mais predadores e estão mais sujeitos a morder um morcego contaminado.

Em 2001 foi registrado o último óbito humano por raiva no estado. Um gato caçou um morcego contaminado adquirindo, assim, a doença. O gato atacou sua dona, que não procurou ajuda médica. No ano passado cerca de 5,2 milhões de cães e gatos foram vacinados. A penúltima morte ocorreu 1997.

O Instituto Pasteur funciona diariamente das 8h às 20h, inclusive sábados, domingos e feriados. O telefone para contato é
(11) 288 0088.

Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde

M.J.