A Secretaria de Estado de São Paulo identificou a primeira suspeita de contagio da pneumonia asiática no Brasil. A pessoa, uma jornalista inglesa, de 42 anos, foi internada ontem, 1º de abril, em um hospital particular da cidade de São Paulo.
Após chegar a São Paulo, na segunda-feira, 31 de março, a jornalista teve os sintomas característicos da doença: febre, tosse e falta de ar. Além disso, esteve na Malásia e em Cingapura, países com surtos da doença, há menos de 10 dias. O vôo da jornalista saiu da Malásia e parou em Cingapura e em Londres antes de chegar à capital paulista.
A Secretaria já tomou as providências necessárias para isolar a doença da população paulista. Além de intensa atenção nos aeroportos internacionais do Estado, todos os vôos internacionais com saída de países asiáticos têm recebido avisos da tripulação sobre os sintomas da doença. Há 24 leitos reservados para receber possíveis portadores de Síndrome Respiratória (SRAG). No Hospital das Clínicas da Unicamp estão reservadas 16 vagas. No Hospital São Paulo são oito leitos em espera. Outros 20 leitos no Hospital do Servidor Público Estadual podem ser liberados se necessários.
“A chance de epidemia dessa doença no Estado é muito pequena, pois não é de fácil transmissão. Além disso, não há vôos diretos da Ásia para o Brasil, o que gera uma checagem prévia dos passageiros nos países onde as escalas são realizadas”, afirma o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
No mundo todo há 1800 casos confirmados da doença, com 67 óbitos. No caso da jornalista, todas as pessoas que tiveram contato íntimo com ela estão sendo procuradas pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado. “Somente pessoas que tiveram contato direto com a doente, ou seja, conversaram de perto, por exemplo, correm o risco de ter a doença”, diz Barradas Barata.
