Saúde: Servidor Público inicia reativação da Unidade de Transplante de Medula

Serviço pode ser implementado a partir de janeiro do próximo ano

qui, 20/11/2003 - 7h11 | Do Portal do Governo

Está em estudo pela Administração do Instituto de Atendimento Médico ao Servidor Público Estadual (Iamspe) a reativação da Unidade de Transplantes de Medula Óssea. O projeto de reativação da Unidade foi discutido no último dia 13 de novembro, em reunião realizada entre a Superintendência do Iamspe, a Diretoria do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), a Diretoria do Serviço de Hematologia e a Gerência Clínica do Hospital e poderá ser implementado a partir de janeiro de 2004. A área física, já existente no 13º andar do prédio do Hospital do Servidor consiste numa das melhores instalações do Estado.

Após os representantes dos respectivos Serviços constatarem que faltam alguns acertos, como o treinamento de enfermagem especializada, a inclusão de novos medicamentos de alto custo necessários para pacientes transplantados na lista de padronização da farmácia do Instituto e o congelamento de células tronco que serão utilizadas nos transplantes, para que a reativação seja realmente efetivada, o Superintendente, Dr. Milton Flávio Marques Lautenschlager autorizou que sejam feitas as reformas necessárias no setor e a contratação de enfermeiras com especialização no atendimento a transplantados. “O retorno do transplante de medula óssea feita no Hospital do Servidor será o resgate do atendimento de excelência que poderá ser prestado ao usuário da Instituição e até oferecido ao paciente da rede pública”, disse ele.

O coordenador do projeto, Dr. Afonso José Pereira Cortez, também ressaltou que o HSPE possui uma característica essencial para abrigar transplante de medula óssea: ser um Hospital multidisciplinar que reúne todos os tipos de especialidades, com corpo clínico e equipamentos de primeira qualidade. “A realização do transplante depende não só da Hematologia, mas também dos serviços de Hemoterapia, Moléstias Infecciosas, Enfermagem e o suporte das demais clínicas’, esclareceu o médico.

O tipo de transplante que inicialmente será feito é o denominado transplante autólogo (procedimento mais freqüentemente utilizado), que usa as células tronco produzidas na medula do paciente. Elas serão coletadas através do equipamento de aférese, que pertence ao Serviço de Hemoterapia/Banco de Sangue do Hospital do Servidor. Pelo processo, essas células são retiradas do sangue do próprio paciente e armazenadas em uma bolsa. Em seguida, recebem uma solução de conservação e são congeladas a –80ºC. Essas células serão infundidas no paciente e passarão a repovoar a medula depois do tratamento.

Esse procedimento permitirá que o paciente suporte as altas doses de quimioterapia aplicadas para destruir o tumor. “É um tratamento consagrado para pacientes com doenças hematológicas ou não, entre elas leucemias, linfomas, mielomas, neuroblastomas e outros tumores”, acrescentou o médico. A preservação perfeita das células tronco garante sua validade por tempo indeterminado. Em torno de duas a seis semanas, após o transplante, o paciente volta a produzir células normalmente.

Da Assessoria de Imprensa do Iamspe/HSPE

C.C.