Saúde: Secretaria investe R$ 120 mil para colocar flúor na água da região de Presidente Prudente

Programa será lançado em fevereiro e beneficiará cerca de 1,7 milhão de pessoas no Estado

qui, 29/01/2004 - 16h39 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde lança em fevereiro um programa para fluoretar a água de todas as cidades do Estado até o fim de 2004. Para a região de Presidente Prudente serão repassados cerca de R$ 120 mil, para aplicação nas cidades que atualmente não têm flúor em sua rede de abastecimento público de água e, por isso, apresentam os maiores índices de cárie do Estado. A presença de flúor reduz a prevalência de cárie em 60%, em média. Para todo o Estado serão enviados R$ 2,2 milhões.

Nove cidades serão beneficiadas na região de Prudente. Os municípios incluídos no projeto utilizam redes de abastecimento alternativas à da Sabesp. A Secretaria pretende beneficiar 1,7 milhão de habitantes no Estado.

Pela legislação brasileira, a responsabilidade pela adição de flúor na rede de abastecimento público de água é de cada município. No Estado de São Paulo, os parâmetros aceitáveis para concentração de flúor nas águas variam de 0,6 e 0,8 ppm (partes por milhão).

No Estado, a prevalência de cárie entre crianças de 12 anos – idade referência – é de 2,52 dentes cariados, perdidos ou obturados (CPO-D) por pessoa, resultado melhor que a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ano 2000, que prevê um índice igual ou menor a 3.

Entretanto, há municípios paulistas com índices bem superiores. O maior, segundo levantamento da Secretaria, é Luís Antônio, na região de Ribeirão Preto, que apresenta CPO-D de 8,38. Em seguida vêm Pirangi (7,80), na região de Barretos, e Tabapuã (7,12), que fica próximo a Sorocaba.

Os repasses realizados pela Secretaria para os municípios com até 20 mil habitantes cobrirão 100% dos custos do projeto de fluoretação da água, incluindo material de consumo suficiente por três anos. Para as cidades com mais de 20 mil habitantes, os recursos deverão cobrir até 50% dos custos. Aos municípios caberão a manutenção do sistema e a contratação dos recursos humanos necessários.