Saúde: Secretaria distribuirá novo medicamento para pacientes com aids

Substância é utilizada para reduzir efeito colateral causado por drogas que combatem a doença

sex, 14/10/2005 - 10h53 | Do Portal do Governo

Substância é utilizada para reduzir efeito colateral causado por drogas que combatem a doença; doze cidades participam do programa

A Secretaria da Saúde comprou e distribuirá para vários municípios produtos para preenchimento facial destinados a portadores de HIV/aids com lipodistrofia, efeito colateral causado por remédios que combatem a moléstia. Os problemas que podem ocorrer nos pacientes são atrofia de gordura na face, pernas e braços, além de acúmulo de gordura no abdômen e surgimento de veias proeminentes.

Na primeira fase do projeto, as prefeituras receberão 200 frascos de produto. Até o fim do ano, seguirão outros 200. Assis, Bauru, Guarulhos, Itatiba, Jundiaí, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São Paulo, São Vicente e Sorocaba serão as cidades beneficiadas. Nessas cidade, já credenciadas, profissionais foram treinados por técnicos da secretaria e do Ministério da Saúde. Apenas dermatologistas ou cirurgiões plásticos capacitados podem participar da aplicação das substâncias. Numa segunda etapa, outras regiões interessadas podem participar do programa desde que qualifiquem profissionais.

Auto-estima – O tratamento desses casos é realizado no Centro de Referência e Treinamento em Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (CRT DST/Aids) e no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, ambos da Secretaria da Saúde, além da cidade de Santos, primeira a se interessar pelo procedimento e passar por treinamento. Desde 2001, os profissionais que compõem os grupos interdisciplinares do CRT DST/Aids debatem e oferecem soluções para os problemas físicos e psíquicos provocados pela lipodistrofia. O CRT conta com grupo de estudo sobre o tema há quatro anos.

A equipe multiprofissional atua para reduzir o impacto emocional da lipodistrofia, por meio de exercícios físicos, ginástica facial, orientação nutricional, acolhimento psicológico, debates sobre sexualidade, percepção corporal e outros temas sugeridos pelos próprios pacientes. ‘O preenchimento facial é importante para reduzir os efeitos da lipodistrofia, que compromete os aspectos psíquico, físico, afetivo, sexual e social do assistido, abala sua auto-estima e confiança no tratamento’, observa Valvina Madeira Adão, coordenadora do grupo no CRT DST/Aids.

Secretaria da Saúde