Saúde: São Paulo vai distribuir mais de 1,5 milhão de camisinhas neste carnaval

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qui, 31/01/2002 - 14h06 | Do Portal do Governo

Neste carnaval o Estado de São Paulo vai distribuir 1.512.000 camisinhas. A distribuição faz parte da campanha de prevenção à aids e doenças sexualmente transmissíveis para o carnaval 2002, desencadeada nesta quarta-feira, dia 30, pelo Ministério da Saúde. Com o tema ‘Sem camisinha nem pensar’ o objetivo da campanha é alertar os foliões sobre a necessidade do uso de preservativo em todas as relações sexuais.

Durante os dias de festa, o Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids (PE DST/Aids), desenvolvido pelo Centro de Referência e Treinamento DST/Aids da Secretaria da Saúde do Estado, também vai distribuir mais de 327 mil abanadores aos foliões. Cerca de 81 mil cartazes da campanha serão fixados em vários locais.

Todo este material visa lembrar a população da importância de prevenir a aids e demais doenças transmitidas sexualmente. Além disso, São Paulo terá mais 3,3 milhões de camisinhas para os projetos desenvolvidos pelo PE DST/Aids no mês de fevereiro.

De acordo com o último levantamento, realizado em 2001, o Brasil registrou 215.805 casos de Aids desde a descoberta da doença, nos anos 80. Aproximadamente 50% desse total estão no Estado de São Paulo, onde existem 101.503 pessoas infectadas com o vírus Hiv, sendo mais de 44 mil na cidade de São Paulo. Daí a importância das campanhas preventivas. Na década de 80, a doença atingia principalmente pessoas do sexo masculino. Para cada mulher infectada pelo Hiv havia 25 casos de aids registrados entre os homens. Hoje essa relação é de apenas 2 para 1. Val lembrar que a pessoa infectada pelo vírus demora uma média de 8 a 10 anos para começar a desenvolver os sintomas da aids.

Trabalho do PE-DST/Aids

O PE-DST/Aids vem atuando no sentido de diminuir a vulnerabilidade da população do Estado em relação à doenças sexualmente transmissíveis e Hiv/Aids. Outra meta é melhorar a qualidade de vida das pessoas já afetadas, reduzir o preconceito, a discriminação e demais impactos sociais negativos dessas doenças.

Para esse trabalho, existem 35 centros de orientação e apoio sorológico (Coas), unidades que oferecem diagnóstico sorológico (hiv, sífilis, hepatites B e C) anônimo e gratuito à população; 173 serviços de assistência especializada; 31 hospitais-dia; 26 serviços de assistência domiciliar terapêutica; 30 serviços de saúde bucal; 840 leitos cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento aos portadores de Hiv-Aids. A rede inclui ainda laboratórios que realizam o teste de carga viral e 45 pólos de distribuição de medicamentos.

Informações sobre o assunto podem ser obtidas pelo Disque DST/Aids – 0800-16-25-50. A ligação é gratuita.

Adriana Reis