Saúde: Sábado é ‘Dia D’ de combate à dengue na Região Metropolitana de São Paulo

Ações realizadas em Itapevi, com 580 casos confirmados, e em Perdizes, bairro que concentra focos do mosquito

qua, 19/02/2003 - 11h01 | Do Portal do Governo

Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde


O próximo sábado (22) será o Dia D de combate à dengue na Região Metropolitana de São Paulo. É o dia de encerramento da semana promovida pela Secretaria de Estado da Saúde e Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), que visa à erradicação de focos do mosquito transmissor e à conscientização da população sobre os riscos da doença.

A ação inclui mutirões em Itapevi, município com o maior número de casos (580 confirmados). O secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, afirmou nesta terça-feira, dia 18, que esta será uma semana de guerra à dengue: “Podemos comparar a dengue a uma guerra e só iremos vencê-la se estivermos todos unidos. O Governo do Estado está fazendo a sua parte e conta com a ajuda da população para eliminar o mosquito”, disse.

Uma das preocupações é evitar que a doença chegue às cidades vizinhas de Osasco e São Paulo. Está previsto, também para sábado, trabalho especial no bairro paulistano de Perdizes, que concentra grande número de criadouros do mosquito.

Nesse período, ações serão realizadas nos municípios de Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Cajamar, Cotia, Diadema, Embu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Lourenço da Serra, São Paulo, Suzano e Taboão da Serra.

Até o final desta semana, serão tomadas as seguintes providências: mutirão de limpeza nos bairros; palestras em condomínios e rede pública de ensino; reunião em associações de bairro e instituições religiosas; orientação e limpeza de caixas d’água; passeatas; panfletagem e instalação de faixas e cartazes em locais de grande circulação, divulgação com carros de som; formação de brigadas antidengue em empresas; divulgação na mídia local; operação cata-pneu; visitas a cemitérios, terrenos baldios, casas com piscina abandonadas, praças e ginásio de esportes.

O que é a dengue

A dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue: 1, 2, 3 e 4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo. A Sucen explica que três variedades já foram encontradas no País. A quarta está próxima, na Venezuela e Peru.

O mosquito Aedes aegypti está presente em cem países, onde vivem 2,5 bilhões de pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima em 80 milhões de pessoas infectadas anualmente no mundo. O resultado são cerca de 500 mil internações e 20 mil mortes anuais.

Vetores da doença

O pernilongo tradicional (mosquito Cúlex) é pardo, de maior porte, age em bando, tem zumbido, pica no período noturno e não é vetor da dengue. O Aedes aegypti é preto com as patas listradas, de menor tamanho, silencioso, pica durante o dia e ataca isoladamente as pessoas, na maioria das vezes em suas residências. A variedade Aedes albopictus também pode transmitir a moléstia.

A criação do mosquito começa quando a fêmea, depois de fecundada, deposita seus ovos em recipientes com água limpa, sombra e próximos a domicílios humanos. Eles podem ser pneus, plásticos, latas e um sem-número de produtos descartados como lixo. A eclosão das larvas não é imediata. Os ovos são colocados pouco acima da linha d’água e podem sobreviver em períodos de seis meses a um ano.

Com a subida da temperatura (entre 25ºC e 29ºC) e o início das chuvas, os ovos começam a eclodir. A água acumulada nos recipientes oferece nutrientes como detritos orgânicos, bactérias, fungos e protozoários. A fase larvária dura de cinco a dez dias. Depois de adulto, o mosquito vive cerca de 30 dias, tempo suficiente para adquirir o vírus da dengue e espalhá-lo por muitos quarteirões.

Embora os casos sejam mais comuns nas cidades, há também registros em áreas rurais, mas raramente em locais com altitudes superiores a 1.200 metros.

SERVIÇO
Sucen – www.sucen.sp.gov.br
Telefone: (11) 227-0622