Saúde: Pesquisadora da USP apresenta diagnóstico mais eficiente para Alzheimer

O objetivo é possibilitar um diagnóstico precoce da doença

seg, 17/02/2003 - 20h34 | Do Portal do Governo

A doença de Alzheimer é responsável por aproximadamente 60% dos casos de demência no mundo e atinge principalmente idosos. Em virtude da ausência de estudos no Brasil e com o objetivo de possibilitar um diagnóstico precoce, a farmacêutica Heluih Ata Abdallah pesquisou os fatores de risco genéticos que poderiam facilitar o aparecimento da patologia.

Segundo a farmacêutica, autora da dissertação ‘Estudo de fatores genéticos associados a doença de Alzheimer de início tardio’, apresentada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, o diagnóstico mais eficiente que existe, o histopatológico, não auxilia o paciente em vida, pois é feito na autópsia. ‘Quanto mais cedo for identificada a doença, melhor será a qualidade de vida do portador.’ A pesquisa foi orientada pelo professor Mário Hiroyuki Hirata.

Heluih observou a população idosa de um asilo na cidade de São Paulo. Do grupo de 650 asilados que concordaram em participar do estudo, 28 portadores da doença foram selecionados. Outros 56 idosos não-doentes fizeram parte do grupo controle. Todos os portadores de Alzheimer a tinham em sua manifestação tardia, ou seja, depois dos 65 anos.

Foi feita uma análise das alterações no gene da proteína relacionada ao receptor da lipoproteína de baixa densidade (LRP) e no gene da presenilina-1. Em ambos os casos não se verificou associações à Alzheimer. ‘Isso quer dizer que, na população brasileira, caucasiana e idosa, a alteração desses genes não têm influência sobre a manifestação da doença’, diz a pesquisadora.

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C.A