Saúde: Pesquisa revela maiores causas do infarto e formas de prevenção

No Brasil, risco de ataque cardíaco é cinco vezes maior com o hábito de fumar e cai quase à metade com o consumo moderado de álcool

ter, 24/09/2002 - 16h38 | Do Portal do Governo

Um estudo nacional recém-concluído, com 2.558 pessoas, determina e hierarquiza os comportamentos e os parâmetros clínicos que aumentam ou diminuem as chances de um brasileiro sofrer infarto do miocárdio, problema cardiovascular que mata anualmente cerca de 60 mil pessoas no país e é uma das principais causas de óbitos no mundo industrializado.

No topo da lista dos fatores de risco, aparece disparado o hábito de fumar. De acordo com o trabalho, coordenado pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo, o consumo diário de mais de cinco cigarros quase quintuplica a probabilidade de ocorrer um ataque cardíaco.

Em seguida, figuram na lista dos maiores fatores de risco, sempre em ordem decrescente de importância, o diabetes melito (alta taxa de açúcar no sangue), o acúmulo excessivo de gordura no abdômen, histórico familiar de doença coronariana, níveis elevados de LDL-colesterol (o popular mau colesterol) e a alta pressão arterial (acima de 14 por 9). Cada um desses indicadores eleva, de forma independente, de duas a três vezes o risco de haver infarto.

Na outra ponta, entre os comportamentos que podem reduzir a incidência desse problema cardiovascular, a pesquisa chegou a um resultado surpreendente: o consumo de álcool se mostrou a mais efetiva forma de proteção contra o ataque cardíaco. Pessoas que tomam alguma bebida alcoólica pelo menos três vezes por semana têm 40% menos chances de ser vítimas de infarto. Quem ingere álcool até duas vezes por semana exibe uma probabilidade 25% menor de sofrer infarto.

Marcos Pivetta

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