Os paulistanos estão consumindo poucas frutas, verduras e legumes. A conclusão é de uma pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde sobre a relação entre hábitos alimentares e problemas de saúde.
De acordo com o estudo, realizado pela Divisão de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis da Secretaria com 782 pessoas de diferentes regiões da cidade, apenas 55,1% dos entrevistados consomem frutas cinco ou mais vezes por semana. As verduras fazem parte do cardápio semanal de 47% dos paulistanos, seguidos dos legumes, 41%.
Se houver a divisão por sexo, o balanço mostra que 50% das mulheres e dos homens consomem frutas e verduras cinco ou mais vezes por semana. Mas apenas 40% das mulheres e 42% dos homens incluem legumes na alimentação durante a semana.
Em relação à faixa etária a pesquisa revelou que menos de 50% das pessoas com idade entre 50 e 59 anos têm o hábito de ingerirem frutas, verduras e legumes durante a semana.
“Os resultados mostram que a alimentação dos paulistanos está longe do ideal. Frutas, verduras e legumes são essenciais na prevenção de doenças como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e até câncer”, afirma África Neumann, nutricionista da Secretaria.
Entre verduras legumes e frutas, o alimento mais consumido com regularidade, por 53,3% dos paulistanos, é o alface. Em seguida vêm o tomate, a laranja (ambos com 37,9%), a cenorua (33,3%), a banana (30,1%) e a maça (10,8%).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de doenças coronarianas, 90% dos casos de diabetes tipo 2 e 30% dos casos de câncer poderiam ser evitados com simples mudanças nos hábitos alimentares, atividades físicas e abandono ao tabagismo.
Em São Paulo dois programas foram criados pela Secretaria de Estado da Saúde para orientar a população sobre hábitos saudáveis de alimentação. O primeiro, “Turma da Saúde – Os amigos da boa alimentação”, é formado por técnicos da Divisão de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, que percorrem escolas, empresas e postos de saúde divulgando um guia prático da “boa mesa”. O segundo, conhecido como programa Prevenir, foi implementado no Hospital do Servidor Público Estadual e é voltado para mudanças na alimentação dos servidores públicos.
