Saúde: Não deixe o mosquito da dengue atrapalhar as férias

Doença mata cerca de 20 mil pessoas por ano no mundo

sáb, 23/11/2002 - 11h33 | Do Portal do Governo

Ter um imóvel na praia ou no campo para passar as férias é, sem dúvida, um privilégio. Mas também é uma grande responsabilidade. Esses locais são os prediletos do mosquito transmissor da dengue. Em casas ou apartamentos fechados por longos períodos o Aedes aegypti encontra as condições ideais para colocar os ovos, se proliferar e colocar em risco a vida de toda a população.

Cidades como as da Baixada Santista são consideradas atualmente áreas críticas quanto ao risco de epidemias de dengue. O mosquito transforma em criadouro vasos de plantas ou flores, bromélias, troncos ocos de árvores, cercas de bambu, ralos, vasos sanitários, caixas d’água destampadas, calhas, lajes, canaletas de drenagem para a água de chuva, bandejas de geladeira, potes ou filtros d’água, piscinas, lonas, baldes, bacias tambores, barris, latões e cacos de vidro dos muros.

Nesses lugares o Aedes aegypti coloca os ovos quando encontra água parada e limpa. Eles são depositados nas paredes internas dos recipientes, bem perto da água. Muito resistentes, os ovos ficam lá por períodos que variam de seis meses a um ano.

Quando a temperatura sobe (entre 25ºC e 29ºC) e começa o período de chuvas, a água se acumula nos recipientes oferecendo todas as condições para a fase larvária do mosquito, que dura de cinco a dez dias. As larvas se alimentam de detritos orgânicos, bactérias, fungos e protozoários presentes nesse ambiente. Depois de adulto, o mosquito vive cerca de 30 dias. O suficiente para desenvolver o vírus da dengue e espalhá-lo por muitos quarteirões.

Para manter a família protegida é necessário, portanto, eliminar todos os ambientes onde o mosquito possa se desenvolver. Vale à pena seguir alguns conselhos antes de fechar a casa para voltar à rotina. As medidas vão garantir as férias de verão. Lembre-se: a dengue está presente em 100 países e mata cerca de 20 mil pessoas no mundo anualmente.

Cíntia Cury

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