Saúde: Mutirão em Campinas marca início dos exames de paternidade por DNA no interior

Em seis meses hospitais estaduais de outras dez cidades paulistas também realizarão a coleta de sangue para os testes

qui, 17/03/2005 - 14h39 | Do Portal do Governo

As Secretarias de Estado da Saúde e da Justiça iniciam, neste sábado, dia 19, parceria para zerar a demanda por exames de paternidade por DNA no interior do estado. O Hospital das Clínicas de Campinas, da Secretaria de Estado da Saúde, será o primeiro a realizar, das 8h às 17h, mutirão de atendimento a famílias que aguardam pelo teste.

Neste mutirão de Campinas serão atendidas 250 famílias. Outros mutirões, programados para 30 de abril, 7 de maio e 25 de junho, devem acabar com a espera de 2.730 famílias na região. Em seis meses hospitais de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos, Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté também realizarão a coleta de sangue para identificação de paternidade por meio de testes de DNA.

‘A idéia é fazer mutirões para acabar ou diminuir bem a fila nestas regiões, para que a seguir a coleta entre em um ritmo normal, sem grande espera’, afirma Antônio Carlos Nasi, coordenador do projeto na Secretaria de Saúde. A próxima cidade a começar os exames será Sorocaba, com um mutirão marcado para os dias 14 e 15 de maio para atender a uma demanda reprimida de 1.600 famílias. Para as outras cidades as datas ainda estão sendo definidas.

Saúde e Justiça têm funções definidas na parceria. A Saúde disponibilizará as dependências físicas dos hospitais e o pessoal qualificado para coletar e encaminhar as amostras de sangue para exame. À Justiça caberá agendar os exames, fornecer o material, dar apoio técnico e logístico, analisar as amostras e emitir os laudos de perícia por intermédio do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc).

Com esta medida a expectativa é beneficiar famílias carentes que procuram pelo atendimento da Procuradoria de Assistência Judiciária e não têm recursos para custear os exames de teste de paternidade em clínicas particulares (o custo médio é de R$ 1.000). Os pedidos de exame são encaminhados ao Imesc pela Procuradoria. Antes do convênio, todos os solicitantes de exames de paternidade tinham de se deslocar até a sede do Instituto, situada na capital.

Tecnologia

O sangue será coletado com uma técnica mais prática. A amostra será colhida em um cartão, que vai guardar a gota de sangue retirada a partir de um furo no dedo do usuário.

A nova tecnologia aplicada no laboratório do Imesc também permitirá o aumento da capacidade de emissão de laudos. Hoje são expedidos, em média, 1.200 laudos por mês. A meta é, até o final do ano, fornecer 6.000 laudos por mês, acabando com a demanda reprimida e reduzindo o tempo de espera para dois meses.

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