O primeiro dia de mudança no sistema de marcação de consultas do Hospital das Clínicas de São Paulo beneficiou os usuários do Sistema Único de Saúde na capital.
Das 7h às 17 horas desta segunda-feira, 1º de agosto, o telefone de marcação de consultas, antes destinado apenas ao agendamento de especialistas no próprio hospital, marcou 313 novas consultas nos 13 ambulatórios estaduais, 82% a mais do que a média de 172 consultas que o hospital vinha conseguindo agendar diariamente.
As novas consultas redirecionadas hoje para os ambulatórios estaduais se referem a casos de média complexidade, que não necessitam de atendimento especializado de um hospital de nível terciário como o HC. O Hospital das Clínicas receberá os casos mais graves, encaminhados pelos ambulatórios estaduais.
O tempo para a realização da consulta também foi reduzido. Os pacientes agendados hoje serão atendidos nos ambulatórios estaduais em no máximo 30 dias. No ambulatório do HC esse tempo era de até três meses.
Os ambulatórios estaduais continuaram nesta segunda-feira agendando consultas de pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde da Prefeitura, via callcenter da Secretaria de Estado da Saúde. Por mês são realizados cerca de 106 mil agendamentos. A Secretaria está ampliando a oferta de consulta com 30 mil novas vagas mensais nesses ambulatórios, para receber os pacientes de média complexidade que antes procuravam diretamente o HC.
Neste primeiro dia de mudança, as ligações para o HC se concentraram pela manhã, sobrecarregando o sistema. À tarde os usuários tiveram mais facilidade para completar suas chamadas. O número de atendentes da central do HC saltou de 7 para 12 e o horário de atendimento, antes realizado das 7h às 12h, foi estendido até as 17h, de segunda a sexta-feira.
‘O resultado pode ser considerado positivo. Acreditamos que, conforme os usuários do SUS se adaptem ao novo sistema, o número de consultas agendadas aumente gradativamente. E o HC, por sua vez, passará a atender mais rapidamente e efetivamente os pacientes que mais precisam’, afirma o diretor estadual de Saúde da Secretaria, Ricardo Tardelli.
