No dia 28 de fevereiro a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo foi informada da morte de um macaco no município de Miguelópolis, na região de Franca. As mortes em macacos podem significar a ocorrência de surtos de febre amarela entre estes primatas e o perigo de transmissão aos humanos, já que os macacos são reservatórios da doença. O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) está alerta para o surgimento de novos casos em humanos no Estado já que em 2000 duas pessoas contraíram a doença na região do Rio Grande, próximo a São José do Rio Preto, e foram a óbito. A letalidade da febre amarela é de mais de 50% .
O CVE, considerando a localização geográfica do município (fronteira com Minas Gerais) e a atual situação epidemiológica da febre amarela silvestre no país orientou para que fosse feita a vacinação casa-a-casa na região ribeirinha de Miguelópolis e nos municípios de Guaraci, Colômbia e Guairá, próximos a Barretos.
A Febre Amarela Silvestre é uma doença viral infecciosa aguda, transmitida pela picada de mosquito, que pode ser encontrado em regiões de mata e vegetação à beira dos rios. Ocorre em várias regiões do Brasil. O vírus amarílico circula nas áreas de matas em todos os estados das regiões Norte e Centro-Oeste, além do Maranhão, na região Nordeste. Outra área considerada de risco abrange faixas territoriais de sete estados: sudoeste do Piauí, regiões oeste da Bahia, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e regiões noroestes de São Paulo e Rio Grande do Sul. No estado de São Paulo especial atenção deve ser dada aos municípios ribeirinhos ao rio Grande (fronteira com MG).
A vacina também é recomendada para as pessoas que pretendam viajar para os municípios de Serro, Alvorada, Sabinópolis, Senhora do Porto, Serra Azul de Minas, Santo Antonio, no vale do Jequitinhonha – Minas Gerais – onde foi confirmado um surto de febre amarela silvestre que se iniciou em dezembro de 2002.
A vacina está disponível em várias unidades de saúde, nos aeroportos e, na capital, nos terminais rodoviários Barra Funda e Tietê. É gratuita, e deve ser aplicada pelo menos 10 dias antes da viagem. A imunização vale por dez anos.
