Quem não conhece uma criança que tem medo de escuro, de cachorro, de insetos, de chuva, trovão e até da simples figura de um palhaço? São sentimentos característicos do desenvolvimento; porém, em alguns casos, tornam-se exagerados, evoluindo para o que a psiquiatria classifica como transtornos ansiosos, que passam a interferir e limitar a vida da criança, levando-a a evitar contato com pessoas e coisas, sair à rua ou ir à escola, por exemplo.
O assunto será tema de simpósio internacional sobre tratamento dos transtornos ansiosos na infância e adolescência, nos dias 29 e 30 de agosto de 2002, no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas. Segundo Fernando Asbahr, do Ambulatório de Ansiedade na Infância e Adolescência – Ambulansia – do IPq, os transtornos ansiosos ocorrem igualmente em meninos e meninas, principalmente em idade escolar (7 a 14 anos).
Quanto mais cedo o diagnostico, melhores são as chances de tratamento, que pode ser medicamentoso; com terapia cognitivo-comportamental ou uma associação dos dois.
Segundo pesquisas nos EUA, os transtornos ansiosos atingem cerca de 9% das crianças em idade escolar; no Brasil não há estudos similares, porém acredita-se que os números sejam bem semelhantes aos americanos. Entre os transtornos ansiosos, a fobia da separação (quando a criança não fica longe da figura da mãe ou do pai nem para ir ao banheiro, por exemplo), é um dos mais comuns, mas também são freqüentes os casos de fobias escolares, social, ansiedades generalizadas, transtorno obsessivo-compulsivo – TOC.
Atualmente o Ambulansia atende mais de uma centena de crianças portadoras dos diferentes tipos de ansiedade.
Data: 29 e 30 de agosto
Local: Anfiteatro do Instituto de Psiquiatria – IPq do HC – 1º Andar. Rua Dr. Ovídeo Pires de Campos, s/nº Cerqueira César – SP.
