O Instituto Butantan, da Secretaria de Estado da Saúde, irá implementar na região Amazônica, próximo a Santarém, no Pará, uma base avançada. O objetivo é pesquisar a biodiversidade local, realizar estudos de bioprospecção, formar pessoal da região e desenvolver atividades culturais.
O custo estimado para montagem da base é de R$ 9 milhões. Deverá ser captado em uma parceria entre o Butantan e a Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Amabrasil.
Na região escolhida, além de existir uma das maiores incidências de acidentes com animais peçonhentos no Brasil, há os quatro principais grupos de cobras peçonhentas: surucucu, coral verdadeira, jararaca e cascavel.
A região tornou-se uma das principais fronteiras agrícolas do Brasil, graças ao plantio da soja e da pecuária. Daí a necessidade de um monitoramento ambiental para saber o impacto que estas atividades econômicas têm na Amazônia.
Além disso, a base deverá auxiliar os cientistas do Butantan, que farão viagens periódicas em rodízio para a região, na busca por novas moléculas obtidas a partir dos venenos do animais que poderão originar novos medicamentos, como tantos outros surgidos assim. Ainda deve ser criado um Museu de Selva, no qual estarão expostos espécimes da fauna da região.
“O objetivo é ampliar a participação científica dos pesquisadores locais, disponibilizando os recursos tecnológicos do Butantan, sem, claro, reproduzir experiências anteriores que geraram uma espécie de pirataria inter-estadual”, afirma o diretor do Instituto, Otávio Azevedo Mercadante.
A assinatura do convênio entre os Estados de São Paulo e Pará, bem como a definição exata do local onde será a base, deverá ocorrer ainda em novembro.
Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde
