O Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, está em fase avançada de finalização de uma vacina até agora inédita no mundo. Trata-se de uma dose dupla, contra hepatite b e tuberculose, possivelmente disponível para aplicação já em 2005 em crianças recém-nascidas.
Ainda sem nome definido, a vacina está sendo testada em 320 crianças do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) da Unicamp. Além da facilidade de aplicação, ela não causa dor ao paciente, já que foi excluído de sua fórmula o hidróxido de alumínio, componente presente na vacina contra hepatite.
Além de combater a proliferação das duas doenças com apenas uma dose, a ‘super’ vacina poderá ser aplicada já na maternidade. Tradicionalmente, a vacinação contra a hepatite B é aplicada em três doses. A nova vacina reduz apenas para a primeira aplicação.
No ato da vacinação, a caderneta de vacinação dos bebês receberá um carimbo informativo, para evitar que as crianças vacinadas recebam as duas doses restantes nos postos de saúde.
Os testes com a ‘super’ vacina devem ser concluídos nos próximos oito meses, mas a eficiência já está comprovada. ‘A utilização da nova vacina no Brasil depende apenas do interesse do Ministério da Saúde em distribuir gratuitamente o medicamento’, afirma o diretor do Instituto Butantan, Otávio Mercadante.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, a vacina dupla comprova a capacidade de inovação dos profissionais do Estado. ‘Desenvolvemos um medicamento que será de grande valia a todo o mundo. São Paulo mais uma vez mostra que está à frente na capacidade tecnológica e de profissionais’, conclui.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde
C.C.
