Saúde: Iamspe tem preocupação especial com a Hiperidrose

Serviço de Cirurgia Torácica cria ambulatório para tratar especificamente da doença

qua, 21/05/2003 - 19h52 | Do Portal do Governo

Desde 95, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), através do Hospital do Servidor Público Estadual, HSPE, possui atendimento a pessoas com hiperidrose – transpiração abundante localizada principalmente nas axilas, mãos, face e pés, podendo alcançar o tronco e o couro cabeludo, com diferentes combinações de severidade. Duzentos pacientes já foram operados por causa desta doença.

Em fevereiro deste ano, criou-se um ambulatório para tratá-la especificamente. A iniciativa partiu do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital do Servidor, devido ao aumento na procura desse tipo de tratamento.

A doença atinge pessoas que estão entre a faixa etária adolescente-jovem-adulto, e dá-se no nível primário e secundário. Em ambos os níveis, os efeitos dela são muito angustiantes e constrangedores, acarretando enormes prejuízos sociais, profissionais e, sobretudo, psíquicos aos seus portadores.

No estágio primário, ela aparece na infância da pessoa e permanece o resto de sua vida. O agravamento dos sintomas ocorre geralmente na puberdade. A incidência é igual em ambos os sexos, entretanto, o suor excessivo nas axilas predomina mais nas mulheres. Já no secundário, a hiperidrose é decorrente de condições que levam ao aumento da atividade simpática (hipertireoidismo, menopausa, distúrbios psiquiátricos, síndrome paraneoplásica, obesidade etc.). Normalmente, acomete todo o corpo.

Há dois tipos de tratamento para a hiperidrose: o definitivo, através da radioterapia, excisão das glândulas auxiliares, lipoaspiração da região axilar ou simpaticotomia torácica – o procedimento cirúrgico é realizado de forma simples, sob anestesia geral, através de duas pequenas incisões, de 3mm de cada lado do tórax -, a cirurgia dura cerca de 30 minutos, o paciente fica internado por dois dias. O resultado é imediato e definitivo de 100% para as mãos, 96% para as axilas, 99% para a face e 94% para os pés. E o paliativo, por meio de desodorantes, iontoforese ou medicamentos.

A hiperidrose incide, atualmente, sob 0,5% a 1% da população. O ambulatório, que trata da doença, atende em torno de 10 a 16 pacientes, toda segunda-feira, no 3º andar do Prédio dos Ambulatórios, das 8h às 12 horas. Hoje, tem-se de três a quatro casos de cirurgia por mês no hospital.