O último concurso realizado pelo Iamspe em maio de 2002, admitiu 49 candidatos portadores de deficiência física, visual e auditiva, dentre 500 vagas abertas para dezenas de funções. Isso significa quase 10% de aprovação de candidatos portadores de deficiência, ou seja, o dobro da porcentagem exigida pela lei federal – Decreto nº 3.298, de 20/12/99 – que reserva 5% de vagas para essas pessoas.
A atual política de recursos humanos da Administração é a de integrar, de forma mais heterogênea, os diferentes perfis de profissionais existentes no mercado. Nesse sentido, o superintendente do Instituto, Dr. Milton Flávio, esclareceu que “qualquer limitação física não implica em falta de potencial para o trabalho”.
Nos 42 anos de sua existência, o Iamspe teve em seu quadro de pessoal 72 funcionários portadores de deficiência atuando em diferentes setores. O Serviço de Radiologia, por exemplo, possui oito deficientes visuais que trabalham na câmara escura, mas há também outros atuando na área médica, de enfermagem, de apoio (fisioterapia e técnico de laboratório) e administrativa (ascensorista e técnico de contabilidade). Com a admissão dos novos funcionários, aumenta em 70% o quadro de pessoal portador de deficiência na Instituição.
Foram aprovados na prova objetiva de conhecimentos gerais deste último concurso 60 candidatos, destes dois não compareceram para o exame de perícia médica e nove foram reprovados. O exame médico para admissão é responsabilidade do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Seesmt), que permitiu a presença do médico que acompanha o portador de deficiência durante a perícia, embora nenhum candidato tenha trazido o médico particular.
Segundo a diretora do Seesmt, dra. Maciléia Rocha Santos Chaves, os critérios avaliados para a aprovação do funcionário foram o ambiente de trabalho, os riscos que a pessoa se submete, as tarefas a serem desenvolvidas e a própria deficiência física, a fim de encaixá-lo no local mais apropriado. Além disso, o Seesmt mantém um protocolo de atenção ao funcionário portador de deficiência, que acompanha rotineiramente este profissional para assegurar a continuidade do seu trabalho.
