O Hospital Estadual Bauru está cadastrando pacientes para cirurgias eletivas (sem urgência), as quais podem ser feitas a qualquer momento sem prejuízo à saúde da pessoa. O trabalho de análise das fichas, represadas nas unidades básicas (postos de saúde), começou no dia 23 e prosseguirá até a normalização do atendimento. Os papéis são enviados por cerca de 70 unidades básicas em 38 cidades da região de Bauru. Nesses locais, o cidadão passa pelo primeiro atendimento e, se o médico achar necessário, é encaminhado a um hospital para a cirurgia.
O médico e diretor-executivo, Emílio Carlos Curcelli, informa que essa unidade pretende atualizar os encaminhamentos e estabelecer programa contínuo de tratamento para atender à demanda por de hérnia, varizes, próstata, catarata, amídalas, hemorróidas e outras. Na primeira semana de cadastramento, o hospital recebeu 1,7 mil fichas dos postos de saúde. E continuará aceitando outras gradativamente. A supervisora de avaliação e controle, Elaine Cristina de Campos, verifica os papéis e conta que muitas são descartadas. Os motivos são os mais diversos: o paciente já fez a cirurgia em outro local, duplicidade de registros, encaminhamento para cirurgias simples, as quais podem ser feitas no próprio posto, e até mesmo conduzida para uma especialidade que nada tem a ver com o problema de saúde do solicitante.
Se a ficha for escolhida, Elaine avisa a unidade básica que, por sua vez, entra em contato com o paciente, convocando-o para comparecer, em determinada data, ao hospital. Se já tiver feito os exames anteriormente, a cirurgia pode ser marcada na hora. Caso contrário, o paciente terá de realizá-los no próprio hospital, antes de marcar a operação. Todo o procedimento é pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
‘Trabalho de formiga terá efeitos no futuro’
Erro no preenchimento de fichas nas unidades básicas é o maior problema que a servidora Ilda de Godói tenta resolver para acelerar o andamento do cadastro e o atendimento. Ilda participou de reuniões com secretários municipais da saúde das cidades do município e também visitou alguns deles. Munida de paciência e argumento, Ilda conversa com funcionários dos postos e médicos. ‘Explico que o cartão de encaminhamento deve ser preciso.’ A cirurgia solicitada deve ser realmente necessária ‘e não banal, como unha encravada, por exemplo’. A especialidade médica tem de ser aquela avaliada e indicada pelo médico do posto, não a que o paciente acredita ser a correta. Ilda assegura que esse trabalho de ‘formiga’ vai surtir efeitos no futuro.
Sem desperdício – O Estadual Bauru oferece até mesmo treinamento de avaliação e procedimento para médicos e outros profissionais de saúde que trabalham nas unidades básicas. ‘Nossa pretensão é que o cidadão seja encaminhado corretamente para nós, ou outro hospital, e que seu atendimento seja feito com qualidade, sem desperdício de tempo e de dinheiro público.’
Dez mil pacientes e 27 mil exames/mês
O Estadual Bauru foi inaugurado em novembro de 2002. É dividido em duas alas: a do hospital (internamento) e outra para ambulatório e casos de urgência. Atende apenas pacientes encaminhados, os quais passaram pela primeira consulta nas unidades básicas da região. Oferece 38 especialidades médicas, exceto obstetrícia, psicologia e oncologia, e dispõe de 318 leitos de internação. No ambulatório, atende a uma média mensal de 10 mil pessoas e realiza 27 mil exames laboratoriais e de imagens (radiografias e outros) por mês.
SERVIÇO
Hospital Estadual Bauru
Avenida Engenheiro Luiz Edmundo Coulbe, 1-100 – Bauru/SP
Site: www.heb.bauru.unesp.br
Otávio Nunes
Da Agência Imprensa Oficial
(LRK)
