O Serviço de Neonatologia do Hospital do Servidor Público Estadual criou o Programa de Assistência aos Pais em Luto da Neonato (Papalun), que oferece assistência psicológico aos pais que perdem o seu bebê em três situações: no caso de aborto, quando vem a termo natimorto ou por óbito, depois de um curto tempo de vida.
“Uma mulher que perde seu filho sente uma culpa enorme por não ter dado à luz a um bebê com possibilidades de se manter vivo. À medida que a gestação avança, a gestante vai se construindo enquanto mulher e mãe. E o fracasso implica num duro golpe na imagem de si mesma. O mesmo vale para o pai. Instala-se um vazio na função, na competência e na capacidade de criação”, afirma Eva Wongtschowski, psicóloga da Neonatologia.
A importância do Papalun é ímpar, “pois na nossa cultura evitamos falar sobre a morte. Valorizamos a saúde, a boa condição física, a juventude… não havendo muito espaço para a morte. Mas não temos vida sem morte, e não falar sobre ela em nada nos facilita a vida”, explica a psicóloga.
Ter o auxílio de um profissional para conversar a respeito, não faz desaparecer o sofrimento, mas cria um espaço interno para que o bebê seja falado, e o luto se processe. Segundo Eva, “falar, elaborar a morte de um filho, facilita aos pais terem outros filhos, sem que estes tenham de responder as questões que diriam respeito ao que morreu”.
Assessoria de Imprensa do Hospital do Servidor Público Estadual
