Saúde: Hospital do Servidor atende a pessoas com suor em excesso

Cirurgia simples resolve o problema em 94% dos casos

sex, 23/05/2003 - 11h08 | Do Portal do Governo

Muitas pessoas que sofrem com excesso de suor não sabem que existem tratamentos médicos, inclusive cirurgia, para corrigir o problema. O Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) oferece atendimento aos portadores de hiperidrose, nome que se dá à transpiração abundante. O mal ocorre principalmente nas axilas, mãos, face e pés, podendo alcançar o tronco e o couro cabeludo, com diferentes combinações de severidade. Duzentos pacientes já foram operados no hospital por causa desta doença.

Em fevereiro deste ano, o HSPE criou ambulatório para tratar a hiperidrose especificamente. A iniciativa partiu do Serviço de Cirurgia Torácica, por causa do aumento na procura desse tipo de tratamento.

O problema atinge pessoas a partir da adolescência e ocorre nos níveis primário e secundário. Em ambos estágios, os efeitos são angustiantes e constrangedores, acarretando prejuízos sociais, profissionais e, sobretudo, psíquicos aos portadores. No primário, ela aparece na infância e permanece pelo resto da vida.

O agravamento dos sintomas ocorre geralmente na puberdade. A incidência é igual em ambos os sexos; entretanto, o suor excessivo nas axilas predomina nas mulheres. Já no secundário, a hiperidrose é decorrente de condições que levam ao aumento da atividade simpática, o sistema nervoso, ocasionado por hipertireoidismo, menopausa, distúrbios psiquiátricos, síndrome paraneoplásica, obesidade. Normalmente, acomete o corpo inteiro.

Tipos de tratamento

Há dois tipos de tratamento para a hiperidrose. O definitivo é por meio de radioterapia, excisão das glândulas auxiliares, lipoaspiração da região axilar ou simpaticotomia torácica. O procedimento cirúrgico é simples, sob anestesia geral, por meio de duas pequenas incisões, de 3mm de cada lado do tórax. A operação dura cerca de 30 minutos e o paciente fica internado por dois dias. O resultado é imediato e definitivo de 100% para as mãos, 96% para as axilas, 99% para a face e 94% para os pés. O segundo tratamento é paliativo, com uso de desodorantes, iontoforese ou medicamentos.

A hiperidrose incide, atualmente, sobre 0,5% a 1% da população. O ambulatório do HSPE, que trata da doença, atende a cerca de 10 a 16 pacientes, às segundas-feiras, no 3º andar do Prédio dos Ambulatórios, das 8 às 12 horas. São realizadas de três a quatro cirurgias por mês.