No mês de janeiro, o Instituto Central do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, completou 40 anos de transplante renal – pioneiro na América Latina. Pela primeira vez no Brasil, em 1965, acontecia uma doação intervivos, antes do transplante de coração, em 1968. Chefiada pelo professor Campos Freire, a equipe médica retirou o rim de uma pessoa sadia e transplantou-o em outra, cujos órgãos tiveram perda de suas funções. A cirurgia levou cinco horas. O paciente viveu oito anos com o órgão transplantado e faleceu em 1973, em decorrência de outra doença. O rim enxertado ainda estava funcionando.
De lá para cá, o IC realizou 3.193 transplantes renais com sucesso, confirmando que o Brasil tem um dos programas de transplantes renais mais ativos do mundo. De acordo com o médico urologista da clínica da Unidade de Transplante Renal do HC, Dr. Ioannis Antonopoulos, o Brasil é recordista em transplantes renais. “Isto se deve à experiência e tradição adquiridas, à inovação dos materiais e da técnica cirúrgica e ao surgimento de novas drogas imunodepressoras, que evitam efeitos colaterais.”
Hoje, os procedimentos cirúrgicos demoram cerca de três horas e os pacientes têm menor rejeição, em função dos novos medicamentos diminuírem as respostas imunológicas, sem agredir o transplantado, como acontecia no passado. No HC são realizados 12 transplantes renais em média, mensalmente, de doador vivo ou cadáver.
SERVIÇO
O Instituto Central do Hospital das Clínicas fica na Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 155 – 5º andar – Ambulatório de Transplante Renal, na Capital.
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (11) 3069-7005 / 3069-7010. A fila de espera é de dois anos.
Da Agência Imprensa Oficial
(LRK)