Saúde: Hemodiálise do HC adota tecnologia inédita na Rede Pública de Saúde do País

Cinco máquinas de hemodiálise alemã, de última geração, estão em atividades no hospital

seg, 29/08/2005 - 15h44 | Do Portal do Governo

O setor de Diálise do Serviço de Nefrologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, adota tecnologia que permitirá duplicar o atendimento dos pacientes internados.

Cinco máquinas de hemodiálise alemã, de última geração, estão em atividades no hospital. Á bateria, as máquinas (que fazem à função dos rins) dispensam pontos de água e de drenagem para funcionamento, o que tem permitido o tratamento de pacientes internados em qualquer área do hospital, inclusive no Pronto-Socorro.

Atualmente o Instituto Central do Hospital das Clínicas atende cerca de 100 pacientes portadores de insuficiência renal por mês. Desses, 50 apresentam insuficiência renal aguda e exigem tratamento de diálise. São promovidas cerca de 350 sessões mensais. Cada paciente internado realiza, em média, 10 sessões, com duração de 3 a 4 horas.

O investimento, inédito em hospitais da rede pública de saúde do País, foi viabilizado pela Diretoria Executiva do Instituto pelas vantagens apresentadas tanto no tratamento do doente renal internado quanto nos custos. O Instituto terá uma economia de 40% no tratamento de hemodiálise, se comparado às máquinas de hemodiálise contínua em uso no hospital. A racionalização dos recursos possibilitará contemplar outras unidades do hospital, adiantou Waldemir Rezende.

As máquinas, movidas a baterias recarregáveis com autonomia de até 8 horas, possuem um tanque fechado para armazenamento do banho de diálise (filtragem mdo sangue). Todo o processo de limpeza e preparação da formulação é coordenado por uma central computadorizada que assegura a qualidade da assepsia e higienização, em apenas 30 minutos, sem contato manual. Todos os
componentes da solução de diálise são registrados por um dispositivo de leitura ótica.

Um cartão magnético de identificação individual é que aciona o funcionamento de cada equipamento, que também emite etiquetas adesivas para serem afixadas no prontuário do paciente. Na constatação de erros, a central computadorizada não libera a máquina para a realização de tratamento.

Para operar a moderna tecnologia, que também não exige manutenção sofisticada, foram contratadas seis enfermeiras especialistas em Nefrologia.

Em paralelo, a Diretoria Executiva substituiu os equipamentos antigos e obsoletos de hemodiálise contínua e adquiriu mais duas máquinas convencionais.

Com isso, o setor passa a contar com 15 máquinas de diálise para atender aos pacientes internados, com qualidade e segurança.