A Unidade de Hipertensão do Hospital das Clínicas promoverá, no dia 24 de abril, distribuição de folhetos e outras atividades relacionadas com a pressão alta. Equipes médicas ficarão no saguão do Prédio dos Ambulatórios examinando servidores do hospital e demais interessados em medir a pressão.
As atividades visam à conscientização sobre a necessidade de manter a pressão arterial sob controle, evitando os diversos males da pressão alta, como derrame, infarto do miocárdio ou paralisação da função renal, entre outros.
Para evitar que uma pessoa chegue a enfrentar essas doenças, o melhor é tomar cuidados sob orientação médica.
Para o professor Décio Mion, chefe da Unidade, manter a pressão em níveis normais é essencial para a saúde. Na grande maioria dos casos, isso pode ser conseguido com atividades físicas regulares e dieta, redução ou eliminação de sal e evitando comidas gordurosas.
Além dessas medidas práticas e objetivas é bom também procurar manter-se de bom humor, pois fatores psicológicos também contribuem para alterações de pressão.
Segundo o Professor Décio Mion, ‘a hipertensão é uma doença silenciosa, que geralmente não apresenta sintomas’. Por vezes o paciente pode sentir dor de cabeça constante, tensões, zumbidos no ouvido, dificuldades de respiração, mas a maioria dos hipertensos não apresenta sintoma algum, daí a necessidade de medir a pressão a cada seis meses ou pelo menos uma vez ao ano. ‘Mas nunca confie nesses medidores de pressão de rua. Se até aparelhos de medida de pressão de hospitais podem apresentar problemas, os de rua podem estar desregulados’, alerta o médico.
Uma pesquisa realizada pela Unidade de Hipertensão entre os funcionários do HC constatou que 23% deles estavam com pressão alta no momento da medição. Outro aspecto da pesquisa: 40% dos profissionais de enfermagem e 60% dos médicos declararam não fazer nenhum tipo de tratamento ou prevenção contra hipertensão, segundo Décio Mion. A pesquisa constatou, ainda, que 55% dos homens e 50% das mulheres apresentavam obesidade e apenas 32% admitiram fazer algum tipo de exercício físico.
Com especialização nos Estados Unidos, o professor Décio Mion informou que a hipertensão é mais comum nos pacientes idosos, nos negros e nas pessoas do sexo masculino. Uma curiosidade: o humor também influi na manutenção da pressão ideal, cuja média deve ser em torno de 12×8. ‘Está comprovado que a hipertensão é mais comum entre as pessoas mais tristes’, afirma o médico, que coordena a campanha de hipertensão.
Quem quiser participar da campanha, basta comparecer ao 4º andar do Prédio dos Ambulatórios, no dia 24 de abril, já que o Dia Nacional da Hipertensão, 25, cai num sábado, quando não há expediente no hospital.
Da Assessoria de Imprensa do HCFMUSP
C.C.
