Saúde: HC muda sistema de marcação de consultas para agilizar atendimento

Mudanças passam a valer a partir de 1º de agosto

ter, 12/07/2005 - 8h47 | Do Portal do Governo

O Hospital das Clínicas de São Paulo vai mudar seu sistema de marcação de novas consultas no Instituto Central a partir de 1º de agosto. O agendamento de especialistas, hoje feito por telefone pelo próprio usuário, ficará a cargo do callcenter da Secretaria de Estado da Saúde. O objetivo é agilizar e ampliar o número de atendimentos.

As 3,8 mil primeiras consultas marcadas mensalmente pelo HC vão se manter. A diferença é que serão priorizados os casos mais graves, conforme preconiza o SUS (Sistema Único de Saúde), já que o HC é um hospital terciário. Gradativamente, o hospital deverá ampliar esse número, chegando a 10 mil.

Já a Secretaria da Saúde, por meio de seus 13 ambulatórios de especialidades, irá disponibilizar mais 30 mil consultas para os usuários do SUS, elevando-se assim de 106 mil para 136 mil consultas por mês.

De posse das vagas, o callcenter vai direcionar o atendimento conforme a gravidade e a proximidade do recurso médico oferecido. Os casos mais simples, sem necessidade de especialista, poderão ser tratados nas próprias Unidades Básicas de Saúde da Prefeitura.
Já os casos mais complexos serão encaminhados para os ambulatórios estaduais de especialidades ou para o Instituto Central do HC, de acordo com a gravidade.

Hoje, cerca de 60% das consultas ambulatoriais realizadas no HC são referentes a casos de baixa e média complexidades, que poderiam ser atendidos em postos de saúde ou em ambulatórios de especialidades, liberando o HC para atendimento dos casos complexos e diminuindo o tempo de espera para consultas destes pacientes.

‘A grande demanda do Instituto Central tem dificultado o acesso dos pacientes que realmente precisam dos recursos disponibilizados no Hospital das Clínicas’, afirma o superintendente do HC, José Manoel de Camargo Teixeira.

Com a mudança no sistema do HC, o telefone de marcação de consultas no Instituto Central será desativado. A alteração irá beneficiar o usuário, que muitas vezes fica horas para conseguir ser atendido por conta da sobrecarga de chamadas. Atualmente, o HC recebe cerca de 44 mil ligações por dia.

‘Estamos criando um sistema racional, que traz benefícios para toda a população. O usuário tem a garantia do atendimento médico especializado, seja nos 13 ambulatórios estaduais ou, em casos mais graves, no próprio HC’, afirma Teixeira.

Modelo semelhante foi implementado em 2004 pelo HC da Unicamp, em Campinas, que reorganizou todo o atendimento no pronto-socorro e ambulatório, estabelecendo um programa de triagem denominado ‘classificação de risco’ e priorizando o atendimento das urgências médicas. Com isso, o HC de Campinas pôde direcionar mais recursos para os procedimentos considerados estratégicos, como transplantes, cirurgias de obesidade mórbida e oncologia, dentre outros.

O Instituto Central é o de maior movimento no HC de São Paulo. A intenção é alterar, paulatinamente, a marcação de consulta nos demais institutos do principal complexo hospitalar da América Latina.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde