Saúde: HC de Campinas comemora 20 anos de assistência, ensino e pesquisa

Uma série de atividades estão previstas

seg, 17/10/2005 - 11h07 | Do Portal do Governo

O Hospital de Clínicas de Campinas completa nesta semana 20 anos de atividades. Nascido de uma ousada empreitada do fundador da universidade, Zeferino Vaz, que queria um hospital de renome na Unicamp, o HC é hoje o elo mais visível da cadeia de relações da Unicamp com a sociedade. Em duas décadas, o Hospital de Clínicas atendeu cerca de seis milhões de habitantes de todo país, realizou 3.300 transplantes e atinge nesta semana, a marca de 300 mil cirurgias. Nesse período, passaram pelo hospital mais de 10 mil alunos de graduação de medicina, enfermagem, farmácia e mais recentemente, fonoaudiologia.

Para marcar a data, uma série de atividades estão previstas. A abertura oficial da semana acontece nesta segunda-feira, 17 de outubro, com a presença de diversas autoridades, entre elas ex-reitores, ex-superintendentes e ex-funcionários que serão homenageados. Na terça-feira, 18, Dia do Médico, será realizado, às 12h, um abraço simbólico ao hospital com a participação de cerca de 1.500 pessoas. ‘Queremos mostrar que nós amamos esse lugar, essas pessoas que aqui circulam e por isso faremos essa homenagem histórica para nosso hospital’, comenta Sandra Terra, diretora do Serviço de Assistência Social do HC e uma das organizadoras do abraço.

Segundo o superintendente do hospital, Luiz Carlos Zeferino, o objetivo das atividades da semana do aniversário é parabenizar a todos que ajudaram de alguma maneira a construir, nos bons e maus momentos, as várias realidades desse hospital. ‘Por trás de toda essa estrutura estão pessoas e sem o empenho e dedicação desses profissionais de saúde, dificilmente alcançaríamos um patamar como o de hoje’, garante Zeferino que foi aluno da FCM e residente na Santa Casa.

Concretizado no final dos anos 60 dentro da Faculdade de Ciências Médicas, o Hospital de Clínicas adentrou os anos 70 no papel e com uma grande discussão: qual seria o tamanho ideal do HC? Alguns dos pioneiros da fase embrionária da Unicamp, como o professor Sérgio Leornadi, lembram que os debates extrapolavam os muros da instituição e chegavam aos cafés da cidade. ‘Independente de críticas ao sonho original, eles deram partida a um projeto ambicioso idealizado por Zeferino Vaz’, recorda o professor Leornadi. Em 1975 foi lançada a pedra fundamental do hospital.

Mas a história do Hospital de Clínicas de Campinas não pode passar sem referência aos quase 20 anos de atividades ambulatoriais de clinica médica e cirurgia na Santa Casa de Misericórdia de Campinas antes da sede definitiva. Para Mário Mantovani, que chegou na Unicamp em 1969 vindo da EPM, havia um clima especial na Santa Casa e com a evolução do projeto do HC, muitos não queriam ‘ir para o mato’, como diziam na época em referência à distância da universidade da cidade. Ele se emociona ao dizer que sua vida está dentro do HC.

Segundo Mário Mantovanni, o projeto do hospital teve uma preocupação especial com as necessidades futuras. A empresa responsável pelo pacote do HC – projeto, construção e equipamentos – a alemã Hospitalia, tinha consultores que ouviam constantemente os docentes da FCM, sobre as necessidades do HC. ‘O problema é que levou quase dez anos para a construção e o que era ideal na década de setenta precisou ser readequado nos anos seguintes’, recorda Mantovani que foi o primeiro superintendente do HC.

Consagrado pela assistência de qualidade, o HC continuou inovando em sua performance. Com o passar dos anos, a estrutura proposta adquiriu uma forma mais complexa. a planta do hospital, sofreu uma série de modificações para adequação às novas tecnologias e as necessidades originadas pela demanda crescente. ‘Equipamentos de primeira linha todo grande hospital é capaz de ter. O que realmente faz diferença são os profissionais que vão lidar com esses pacientes’, comenta o aluno da primeira turma e ex-diretor associado da FCM, Rogério Antunes.

Centro de excelência médica que atende 500 mil pacientes por ano, o HC da Unicamp não pára. São dez mil pessoas que circulam todos os dias no interior do hospital, boa parte em busca de um atendimento de saúde, que compreende 44 especialidades clínicas, divididas em quase 600 sub-especialidades médicas, o que representa 95% das doenças existentes, inclusive as raras.

Para o secretário secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, o HC da Unicamp é, sem sombra de dúvida, é um importante parceiro do Estado e um dos hospitais mais importantes do Brasil. ‘A cada ano cresce, oferecendo aos paulistas serviços e atendimento de ponta. Para nós é um orgulho ter um hospital como o HC de Campinas no Estado de São Paulo. Mais do que equipamentos, o diferencial do HC são as pessoas que, além de exercerem uma medicina de qualidade, oferecem conforto e afetividade aos pacientes’, enfatiza Barradas Barata.

Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde

M.J.