Saúde: HC da Medicina/Unesp consegue reduzir uso de antibióticos

Essa diminuição no uso resultou numa economia de cerca de 200 mil reais/ano

qui, 19/02/2004 - 20h12 | Do Portal do Governo

Levantamento realizado pela sua Comissão Permanente de Controle de Infecção Hospitalar revelou que o Hospital das Clínicas da Medicina/Unesp/Botucatu obteve, em 2003, uma expressiva redução no consumo de antimicrobianos. Em todo o ano foram utilizados 191 quilos desse tipo de medicamento, quando, em 2002, haviam sido empregados 201 quilos. Essa diminuição no uso resultou numa economia de cerca de 200 mil reais/ano, pois o gasto com tais produtos baixou de 1,8 milhão de reais em 2002, para 1,6 milhão de reais em 2003.

Para exemplificar, os 191 quilos de antibióticos seriam equivalentes a um total de 382 mil cápsulas ou comprimidos de 500 mg de principio ativo, e que é uma forma comum de algumas delas se apresentarem no mercado.

A redução da quantidade de antimicrobianos utilizados no HC atende ao objetivo de reduzir os riscos de se criarem, pelo uso excessivo e repetitivo da droga, bactérias resistentes a ela. A estatística mostrou que apenas 50,6% dos pacientes internados receberam tratamento com algum tipo de antibiótico, havendo o consumo médio por paciente tratado de 22,7 gramas no ano.

Como o HC da Faculdade de Medicina da Unesp/Botucatu tem conseguido manter baixo o índice de infecção hospitalar (3,9% em 2003), os antimicrobianos utilizados no combate a esse tipo de problema representaram, apenas, 7,6% do total. No uso profilático foi gasto o equivalente a 64,2% do consumo anual dos produtos.

Em relação à quantidade de gasto, as enfermarias que mais tiveram a necessidade de usar antimicrobianos foram, em ordem decrescente, as do Pronto Socorro, da Clínica Médica, da Pediatria, da Quimioterapia, das Moléstias Infecciosas e Parasitárias, da Gastrocirurgia, da Ortopedia e Cirurgia Plástica, da Dermatologia, da Neurologia e da Urologia. Só a enfermaria do PS utilizou um total de 18.030 gramas de antimicrobiano durante ao ano, o que equivaleria, por exemplo, a 36.060 cápsulas de 500 mg de um antibiótico de primeira geração como a cefalexina.

No total geral, os antimicrobianos mais utilizados foram as cefalosporinas de 1ª geração; sulfametoxazol + trimetoprim, penicilina G, clindamicina, cefepima, cefuroxima e ampicilina + amoxacilina.