O Estado de São Paulo reduziu os casos de gravidez na adolescência em 28%. É o que demonstram da Secretaria de Estado da Saúde. Em 2004 houve 106.737 mulheres menores de 20 anos grávidas. Já em 1998, quando a política de abordagem aos adolescentes foi alterada, foram 148.019.
Desde 1996 a Secretaria adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla o aspecto físico, psicológico e social, que começou a mostrar resultados dois anos depois. A queda de gravidez na adolescência tem acontecido em todos os anos. Em 1999 foram 144.362 casos. Em 2000 foram 136.042. Já em 2001 houve 123.714. Em 2002, 116.368. Em 2003 foram 108.945.
‘É um resultado de grande expressão, conseqüência de um trabalho pioneiro de orientação que a Secretaria vem realizando com os jovens há pelo menos oito anos, em parceria com os municípios. A cada ano os índices de gravidez na adolescência caem no Estado’, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Na capital as adolescentes têm um serviço especializado, considerado um dos melhores do Brasil. A Casa do Adolescente oferece profissionais de diversas áreas, entre médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores, todos especializados em orientação sexual a jovens. Também há cursos de inglês e espanhol, aulas de dança, cursos de culinária, de artesanato e terapias em grupo. Rotineiramente a Secretaria organiza palestras e cursos a profissionais médicos que cuidam de adolescentes por todo o Estado.
Nesta quarta-feira, 22 de junho, a Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e a Secretaria Municipal de Saúde, lançou o projeto de mais dez Casas do Adolescente. A primeira será no bairro do Grajaú. Outros nove bairros periféricos receberão o projeto.
As 106.737 adolescentes grávidas em 2004 representam 17% do total de partos no Estado. Esse índice foi de 19,4% em 2002 e 17,6% em 2003. No Brasil este número é de cerca de 27% (dados de 1999).
‘Em 2003 este número já era o melhor do Brasil, o que deve ser mantido em 2004’, diz Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente. ‘Observando os dados percebemos que as campanhas informativas sobre a necessidade do uso de anticoncepcionais eram importantes, mas não garantiam proteção. A insegurança, a baixa auto-estima, principalmente das meninas, e falta de um projeto pessoal eram fatores determinantes na vulnerabilidade do adolescente’.
Outra queda
Outra queda registrada pela Secretaria no Estado de São Paulo é a gravidez em meninas com idade de 10 a 14 anos. Comparando-se 2004 com 1998 foi de 28,7%. Foram 3.229 meninas nesta faixa etária grávidas em 2004, contra 4.528 em 1998. Como na faixa até 19 anos, ano a ano os números têm diminuído. Em 2003 foram 3.445 casos. Em 2002, 3.754. Em 2001, 3.700. Em 2000, 4.072. No Estado de São Paulo 0,5% dos partos são nesta faixa etária.
Disk-Adolescente
Há nove anos a Secretaria de Estado da Saúde criou, na Casa do Adolescente, o Disk-Adolescente. Pelo telefone 3819-2022 os jovens buscam ajuda de profissionais e tiram dúvidas sobre sexualidade. O serviço funciona de segunda à sexta-feira, das 11h às 14h_ a identidade do jovem não precisa ser revelada.
A Casa do Adolescente fica na rua Ferreira de Araújo, 789 – Pinheiros. Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde
C.C.
