Saúde: Estado está preparado para enfrentar pneumonia atípica

Com mais 20 vagas, São Paulo tem quartos especiais para 64 portadores da doença

sáb, 05/04/2003 - 13h16 | Do Portal do Governo

Neste sábado, dia 5, a Secretaria de Estado da Saúde destina mais 20
leitos para casos suspeitos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Desde a notificação de suspeita da primeira vítima da doença no Estado, terça-feira, dia 2, a Secretaria da Saúde já havia reservado outras 44 vagas em três hospitais.

Além dos leitos disponibilizados hoje no Emílio Ribas, há 16 vagas no Hospital das Clínicas da Unicamp, oito no Hospital São Paulo e 20 no Hospital do Servidor Público. Esses hospitais foram escolhidos porque possuem quartos com pressão negativa, de onde o ar possivelmente contaminado não sai.

‘Estamos preparados para possíveis casos da doença e queremos deixar a população tranqüila’, afirma o coordenador da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Luiz Jacintho da Silva. Ele faz um alerta aos funcionários do serviço de saúde para tomarem as providências recomendadas sempre que se depararem com pacientes portadores dos sintomas de pneumonia, principalmente se o doente esteve nas áreas de risco.

Ele informa que melhorou o estado da jornalista inglesa que veio ao Brasil para cobrir o Grande Prêmio de Fórmula 1 e foi internada dia 1º de abril, com sintomas da doença. ‘Estamos realizando exames para verificar se ela é portadora do Corona vírus, o agente causador da doença’.

O surto de pneumonia atípica, que também vem sendo chamada de pneumonia asiática, teve início em novembro de 2002 na província de Guangdong, no sul da China. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até sexta-feira dia, 28 de março, já haviam sido identificados 2.353 casos e 84 óbitos em 17 mpaíses.

Prevenção

A OMS alerta que a prevenção ainda é a única maneira de combater a
pneumonia atípica, já que a doença é altamente infecciosa. Diversos tratamentos com antibióticos têm sido tentados até o momento, porém, com pouco efeito evidente. A terapia mais apropriada são medidas de suporte geral do paciente, assegurando a hidratação e o tratamento de infecções subsequentes.

Especialista da OMS constataram que a doença é transmitida através de gotas de saliva ou mucosa expelidas com a tosse e os espirros, mas não descarta que possa ser contraída por meio de partículas ultramicroscópicas.

O período de incubação da pneumonia atípica varia de dois a dez dias. No início os sintomas são similares aos da gripe provocada pelo vírus influenza: febre alta e tosse seca. Também podem aparecer corisa, dor de cabeça, mal estar, confusão mental e diarréia.

Sirlaine Aiala – Da Agência Imprensa Oficial