Saúde: Cuidado com a febre amarela nos feriados

Doença transmitida por mosquito está presente ao longo de alguns rios e nas regiões Centro-Oeste e Norte do País

ter, 25/02/2003 - 13h38 | Do Portal do Governo

Embora já conte com vacina, a febre amarela ainda está presente no Brasil. No fim do ano passado, municípios da região do Alto Jequitinhonha, em Minas Gerais, registraram surto da doença, que é comum nas áreas do Centro-Oeste e Norte do País. Em São Paulo, a febre amarela também se manifesta ao longo dos rios Grande e Paraná, atingindo municípios das regiões de Ribeirão Preto, Araçatuba, São José do Rio Preto e Presidente Prudente.

Transmitida pelo mosquito Haemagogus, a febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração e gravidade variável. Os sintomas são febre alta, dor de cabeça, mal estar geral, náuseas, vômitos, dores nos músculos e articulações, prostração e icterícia. O diagnóstico é feito por exames clínicos, laboratoriais e investigação epidemiológica e o tratamento é sintomático.

“Quem pretende pescar nos feriados de carnaval e Páscoa, principalmente nos rios Grande, Paraná ou Uruguai, deve ficar atento ao mosquito transmissor da febre amarela. Assim como quem for para os Estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás Tocantins, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Acre. É importante tomar a vacina dez dias antes da viagem”, explica o superintendente da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) da Secretaria Estadual da Saúde, Luiz Jacintho da Silva.

A vacina protege contra a doença por dez anos. É gratuita e pode ser tomada em aeroportos, nas estações rodoviárias de Barra Funda e Tietê, na Capital, e nos postos de saúde. Para localizar o posto mais próximo, acesse o site do Centro de Vigilância Epidemiológica(www.cve.saude.sp.gov.br). Pelo Disque Saúde 1520 é possível obter informações sobre os postos da Capital.

“Estamos vacinando dois grupos de pessoas, as que moram nas regiões Leste e Sudeste do Estado e vão viajar para áreas de risco eaquelas que moram nos municípios que ficam na divisa de Minas Gerais e Mato Grosso, ou seja, imunizamos as pessoas que vivem na área de transição para evitar a circulação da doença”, destaca a coordenadora do programa Estadual de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica, Clélia Maria Aranda.

A coordenadora informa que a vacina é segura e que cerca de 10% das pessoas podem apresentar desconforto local ou dor de cabeça nas 72 horas posteriores à vacinação. Pessoas portadoras de câncer ou aids devem consultar o médico antes da vacinação. O medicamento não é recomendado durante a gravidez.

Cíntia Cury