Saúde: Comitê de vigilância controla casos de mortes relacionadas ao parto

Mortalidade materna no Estado é de 60 para cada 100 mil gestações, número bem acima do aceitável pela OMS, que é de 20 para cada 100 mil

qui, 31/10/2002 - 10h52 | Do Portal do Governo

O índice de mortalidade materna no Estado de São Paulo é de 60 para cada 100 mil gestações, número bem acima do aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 20 para cada 100 mil.

Os dados oficias indicam que a maioria dos óbitos ocorre na idade entre 30 e 35 anos. A causa mais freqüente, durante ou depois do parto, é a hipertensão arterial, seguida do aborto, hemorragia e infecções.

O número deve ser ainda maior, pois nem sempre essas mortes são informadas pelos hospitais e maternidades. A implantação de comitês de vigilância contribui para a melhoria do sistema de registro desses óbitos e, conseqüentemente, para o aumento da quantidade e da qualidade das informações disponíveis sobre mortalidade materna.

A Coordenadoria de Saúde do Interior – DIR-XII publica no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira, dia 31 de outubro, a portaria com lista de representantes do Comitê de Vigilância à Morte Materna (CVMM) para mandato de dois anos.

Pré-natal

O CVMM iniciou suas atividades na DIR-XII, que abrange 42 municípios com quase 3,5 milhões de habitantes, em de agosto de 1998. Para a coordenadora Regina Sterse, todos os óbitos de mulheres em idade fértil são investigados pelos municípios.

Ao constatar que se trata de mulheres grávidas ou que morreram depois do parto, realizam criteriosa investigação para identificar as mortes e indicar medidas de intervenção para sua redução. Para a coordenadora, os comitês são importantes agentes na redução do óbito materno.

‘Com base nesses dados, poderemos estabelecer políticas de assistência à mulher no planejamento familiar, durante a gravidez, nos casos de aborto, no parto e no período pós-parto’, explica Regina.

Ela ressalta que o exame pré-natal é vital para uma gravidez sem risco. A grávida deve procurar mensalmente o seu médico particular ou rede pública de saúde. Exames de sangue e de urina e preventivo de câncer de colo do útero (papanicolau), permitem prevenir e tratar doenças capazes de pôr em risco a saúde da gestante e do bebê.

Da Agência Imprensa Oficial