Saúde: Comissões municipais controlarão fluxo de atendimento anti-rábico

Objetivo é dar assistência e suporte técnico e administrativo

ter, 16/07/2002 - 10h48 | Do Portal do Governo

A Portaria 13, publicada no Diário Oficial – Executivo I desta terça-feira, dia 16, divulga medida que visa a orientar a composição das comissões municipais que irão acompanhar o fluxo de atendimento anti-rábico humano e aplicação do soro. Um dos objetivos é dar assistência e suporte técnico e administrativo para ações de controle populacional, realizando diagnósticos de áreas críticas.

A simples mordida de um animal pode parecer nada grave. Não se engane. Ela pode comprometer seriamente a saúde, podendo chegar à morte. A raiva é uma doença que acomete mamíferos e pode ser transmitida aos homens. É uma zoonose causada por vírus. Envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução da doença. A imunidade pode ser adquirida pela vacinação.

Os animais devem ser vacinados todos os anos. Em área urbana, a transmissão ocorre pela mordida, arranhões ou lambedura de cães, gatos ou morcegos infectados.

Ocorrendo acidentes por mordedura ou arranhadura de cães e gatos é necessário que a vitima lave o ferimento com água e sabão e procure orientação médica. Deve também identificar o animal agressor e seu proprietário. Caso o cão ou gato for conhecido, ele deve ficar em observação por dez dias. Se o animal não tiver dono, desaparecer, adoecer ou morrer, a pessoa vitimada deve procurar imediatamente orientação no Centro de Controle de Zoonoses.

Os sintomas da raiva variam conforme a espécie. Quando a doença acomete carnívoros, eles se tornam agressivos (raiva furiosa) e, quando ocorre em herbívoros, a manifestação é de paralisia (raiva paralítica).

Quadro clínico da raiva furiosa (canina e felina) – fase inicial: alterações de comportamento, agitação, anorexia. No período de um a três dias, os sintomas acentuam-se. O animal torna-se mais agressivo, atacando o próprio dono. Apresenta incoordenação motora, paralisia dos músculos da deglutição e da mandíbula (salivação e dificuldade de deglutição). A duração da doença é de um a onze dias. Ele morre por convulsões e paralisia.

Quadro clínico da raiva paralítica (bovina): inicialmente, sintomatologia inespecífica, inapetência, lacrimejamento, isolamento do rebanho e andar cambaleante. Posteriormente, há incoordenação e contrações de musculatura do pescoço, levando a uma dificuldade de deglutição (impressão de engasgo). Apresentam também perversão do apetite. Duração da doença: dois a cinco dias, podendo chegar a dez.

Lúcia Alamino
Da Agência Imprensa Oficial