Saúde: Casos de rubéola caem 45% no Estado

Em 2003 houve 141 casos, contra 258 em 2002

seg, 12/01/2004 - 11h02 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde está reduzindo os casos de rubéola de São Paulo. É o que revela levantamento do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), órgão da Secretaria. Comparando 2003 e 2002, a doença teve uma queda de 45,3%, com 141 casos no ano passado e 258 em 2002.

Os dados são ainda mais animadores se comparados com 2001, quando 1490 casos de rubéola foram confirmados no Estado. A redução chega a 90,5% nos últimos dois anos.

O principal motivo para os bons resultado é a campanha de vacinação realizada pela Secretaria em novembro de 2001, para mulheres de 15 a 29 anos, exatamente a faixa etária mais atingida pela doença. Logo no ano seguinte, em 2002, foi possível perceber os efeitos dessa imunização. ‘Desde a vacinação a tendência é de queda. De 2001, quando as mulheres foram imunizadas, para 2002 houve uma queda de 82,7% no número de casos’, afirma Telma Marques Carvalheiro, médica sanitarista do CVE.

A rubéola normalmente é uma doença benigna, que não deixa seqüelas. Mas em mulheres grávidas pode causar aborto_ se nascer, o bebê pode apresentar problemas como cegueira, surdez e retardo mental, característicos da Síndrome da Rubéola Congênita. Por essa razão foram priorizadas as mulheres na vacinação.

Desde 1992 os postos do país imunizam crianças de 12 meses com a vacina SCR, contra o sarampo, caxumba e rubéola. ‘As crianças nascidas a partir desse ano ficaram protegidas, mas em 2001 tivemos um grande contingente de adultos suscetíveis, ou seja, que não haviam sido vacinados e pegaram a doença’, explica Telma.

Para manter o controle da doença, a Secretaria disponibiliza a vacina contra a rubéola em todos os postos de saúde do Estado para mulheres entre 15 e 29 anos. A orientação para as mães é, quando levar o filho para tomar a primeira vacina do calendário, receber a vacina SCR.

A rubéola é uma doença contagiosa causada por vírus e a transmissão é feita de pessoa a pessoa pela via respiratória. O período de incubação pode ser de até 20 dias e os sintomas mais freqüentes são febre, manchas vermelhas e ínguas no pescoço e nuca. Há casos que podem não apresentar os sintomas e a doença passar despercebida.

Da Saúde

M.J.