Saúde: Casos de hanseníase caem 82,2% no Estado

Doença foi controlada após a implantação de novo método de tratamento

sex, 18/07/2003 - 15h28 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde tem conseguido combater a hanseníase no Estado. É o que números do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), órgão da Secretaria, apontam.

De acordo com balanço do CVE, em 1992 o Estado registrava 30122 casos da doença. Comparando com 2002, quando 5378 casos estavam em tratamento, a queda é de 82,2%. A diminuição de casos tem sido constante, em 2001 eram 5723 casos em tratamento, redução de cerca de 6% em 2002.

Os dados de diminuição da doença no Estado são explicados pela implantação de um novo método de tratamento, instituído a partir de 1990 no Estado.

“O tratamento era realizado com três drogas, aplicadas de forma isolada: a dapsona, a clofazimina e a rifampicina. Mas com a introdução da poliquimioterapia, ou seja, com o uso dessas substâncias em conjunto, a prevalência da hanseníase reduziu drasticamente”, explica Vágner Nogueira, responsável pela divisão de hanseníase da Secretaria.

Antes da década de 90 o tratamento durava de dois a cinco anos. Já com a nova técnica, caiu para o período de seis meses a dois anos. A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Hansen. A transmissão acontece no contato íntimo e prolongado com o doente através das vias aéreas (respiração, espirro, tosse ou fala). Pode também ser transmitida através do contato com feridas abertas do doente.

O bacilo de Hansen pode atingir vários nervos, mas contamina freqüentemente braços e pernas. Com o avanço da doença, os nervos ficam danificados e podem impedir o movimento dos membros. Cerca de 90% das pessoas têm resistência natural ao bacilo, ou seja, pode até entrar em contato com o micróbio sem desenvolver a doença.