Saúde: Campanha de Combate à Hanseníase começa nesta terça-feira, dia 22

Estado de São Paulo está próximo de atingir meta da Organização Mundial de Saúde

ter, 22/04/2003 - 10h08 | Do Portal do Governo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulou como meta para o terceiro milênio o registro de menos de um doente de hanseníase para cada dez mil habitantes. O Estado de São Paulo vai atingir essa meta no próximo ano.

No ano 2002, o Estado atingiu o índice de 1,2 doentes para cada dez mil habitantes.

A boa notícia não desmobiliza a Secretaria de Estado da Saúde que inicia nesta terça-feira, dia 22, a Campanha Estadual de Combate à Hanseníase. O objetivo é, além de aumentar a detecção de novos casos, neutralizar qualquer tipo de preconceito que ainda possa haver sobre a doença.

O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde, distribuiu aos municípios folders e cartazes com informações sobre a doença e os agentes de saúde estão preparados para tirar as dúvidas que chegarem aos serviços. Também orientou suas regionais para que desenvolvam ações integradas com as secretarias municipais de saúde.

A hanseníase é transmitida por um bacilo e durante muitos anos foi lembrada pelo isolamento a que eram submetidos os doentes. Hoje, já se sabe que o bacilo tem baixa capacidade infectante e que existem drogas eficazes para a cura da doença.

Também é conhecido que a contaminação depende do sistema imunológico de cada um e das condições sócio-econômicas. A forma mais simples da doença caracteriza-se pelo aparecimento na pele de manchas sem sensibilidade, esbranquiçadas ou avermelhadas.

No Estado de São Paulo são notificados cerca de 3.000 casos novos todos os anos. Desses, por volta de 86% atingem a cura em um prazo que varia de seis meses a três anos, dependendo da gravidade.

O tratamento da doença teve um grande avanço a partir da década de 90 com a introdução em larga escala da poliquimioterapia, a combinação de três medicamentos com alta eficácia. Antes, o doente ficava em tratamento por até dez anos.

Na capital existem 27 serviços ambulatoriais de referência para o atendimento da hanseníase. No interior, todos os municípios têm pelo menos um serviço referência para o atendimento da população. Os três medicamentos que compõem o tratamento são distribuídos gratuitamente nessas referências.

A Central de Atendimento do CVE pode tirar dúvidas sobre a doença pelo 0800 55 5466 e na Capital, o Disque Saúde, telefone 1520, fornece a localização dos serviços. Mais informações no site www.cve.saude.sp.gov.br.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual da Saúde

C.C.