Saúde: Acordo entre Secretaria e Ministério Público garante lista única para transplantes

Medida assegura que a ordem de receptores de órgãos seja respeitada

sáb, 08/03/2003 - 12h37 | Do Portal do Governo

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o Ministério Público do Estado de São Paulo renovaram o protocolo que garante obediência ao cadastro técnico de receptores de órgãos, tecidos e partes do corpo humano. Com o novo acordo, que tem duração de três anos, tanto a SES como o MP se comprometem a acompanhar na Justiça ações que tenham a intenção de ‘furar’ a fila de receptores.

No documento, a secretaria compromete-se a enviar mensalmente ao Ministério Público a relação de órgãos, tecidos e partes do corpo retirados dos doadores, sempre com indicação do local onde a operação foi realizada e a equipe médica responsável. O MP também será informado da quantidade de transplantes realizados no Estado durante o mês. A lista terá dados dos receptores beneficiados, inclusive as posições que ocupavam na fila e locais onde foram operados.

Caso um receptor seja preterido na ordem do cadastro, a secretaria deve enviar ao MP a justificativa. Motivos para a falta de utilização de um órgão extraído, se houver caso desse tipo, também deverão ser explicados.

Igualdade nos serviços

‘Esse acordo garante que a ordem de receptores de órgãos seja respeitada. Isso é bom para quem está na fila aguardando a sua vez’, afirma o coordenador da central de transplantes da secretaria, Luiz Augusto Pereira.

Ainda conforme o documento, o Ministério Público terá a obrigação, sempre que solicitado, de comunicar as medidas judiciais tomadas para garantir igualdade nos serviços de saúde, entre eles a obediência ao cadastro técnico de receptores.

Desde 1997, o acordo tem sido firmado entre a SES e o MP. A renovação, que vinha ocorrendo a cada ano, agora deve ser feita somente em 2006.

‘A secretaria tem se esforçado para garantir que a lista seja seguida.” Em janeiro foi assinado outro protocolo com o MP para garantir que todas as ligações de pedidos de órgãos sejam gravadas. “Se houver dúvida por que um órgão foi retirado e não houve transplante, por exemplo, checa-se o telefonema’, informa o coordenador.

Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da SES