O Governo paulista não fez nenhuma dívida nova durante os últimos sete anos e está rigorosamente em dia com os compromissos, afirmou o governador Geraldo Alckmin durante entrevista à imprensa nesta sexta-feira. ‘O que aconteceu é que o Estado de São Paulo tinha dívidas contratual e mobiliária.
A primeira era com o Banespa e a Nossa Caixa. Não é que esses bancos devessem, era o Governo quem devia para esses bancos e não pagava, levando ambos ao redesconto no Banco Central’, explicou. ‘Uma situação gravíssima, que resultou na intervenção do Governo Federal no Banespa’.
O governador lembrou que a dívida mobiliária ‘era rolada todos os dias, na base da taxa Selic, que chegou a mais de 30%’. O governador Mário Covas herdou essas dívidas, renegociou com o Governo Federal e saiu de taxa Selic para 6% ao ano.
‘Fizemos uma conta gráfica com o Governo Federal, colocamos nossos ativos nessa conta gráfica (Ceagesp, ações do próprio Banespa, empresas energéticas), vendemos esses ativos, quitamos a conta gráfica, não se deve um centavo, foi tudo pago’, disse Alckmin. O acordo tem juros fixos de 6% ao ano e como todos demais Estados e municípios.
‘Pagamos 13% da receita corrente líquida religiosamente em dia. Isso dá R$ 250 milhões por mês’, afirmou. A relação entre dívida e receita corrente líquida vem caindo ano a ano. ‘Essa dívida, que era mais que o dobro da receita corrente líquida, hoje representa apenas 1,91. Alckmin destacou que, quando o governador Covas assumiu, a dívida do Estado era R$ 93 bilhões. Hoje ela permanece no mesmo patamar. ‘Mas se não tivesse sido renegociada, ela iria a R$ 160 bilhões.’ Se São Paulo não tivesse renegociado a dívida, o ‘Estado estaria totalmente inadimplente’, afirmou.
