Objetivo é estimular o prazer pela leitura e colocá-la como uma necessidade popular
Facilitar o acesso a livros e estimular o prazer pela leitura foram desafios lançados pela Secretaria da Cultura nesta quarta-feira, dia 23, data em que se comemora o Dia Mundial do Livro. O objetivo é construir um modelo auto-sustentável, nos próximos quatro anos, que coloque a leitura como necessidade popular. Para isso, foi criado o Programa São Paulo: Um Estado de Leitores.
O Programa conta com o apoio de Secretarias de Estado, empresários, escritores e intelectuais, que instalaram o Conselho Estadual da Leitura. A secretária da Cultura, Cláudia Costin, explicou que o Brasil é um país onde o hábito de ler não faz parte da rotina, mas, segundo ela, é necessário mudar este panorama para alcançar o desenvolvimento e a inclusão social.
Para reverter o quadro atual, o Conselho pretende executar ações de curto e médio prazo. Equipar e dinamizar as bibliotecas de diversos municípios, expandir a rede de livrarias, incentivar a leitura nas escolas e criar o hábito de ler nas famílias paulistas são algumas das sugestões apresentadas.
A primeira biblioteca dentro do novo modelo está em implantação no Poupatempo Santo Amaro. Há previsão de implantar outras nas estações de metrô de maior circulação e nas entidades da sociedade civil e sindicatos.
O governador Geraldo Alckmin destacou que o Estado já vem investindo no incentivo à leitura. Segundo ele, no ano passado foi criado o Programa Leia Mais, que contou com entrega de 3 milhões de livros para as escolas. “Foram adquiridos 2 mil títulos de livros não didáticos, escolhidos pelos próprios alunos e professores”, disse. Ele lembrou ainda da implantação da Biblioteca do Professor, que teve investimentos de R$ 8 milhões. “Mas não podemos restringir a prática da leitura para as escolas, por isso, estamos criando este novo Programa”, afirmou.
Para o coordenador do Programa São Paulo: Um Estado de Leitores, Ottaviano De Fiore, é preciso aumentar a capacitação do povo brasileiro para conseguir aumentar seu salário em comparação ao dos trabalhadores do resto do mundo. Segundo ele, esta capacitação passa obrigatoriamente pela melhoria no nível de leitura. “Temos de permitir o acesso à leitura em lugares de alta circulação de pessoas e fazer uma ampla campanha de divulgação deste programa”, analisou.
Alckmin ressaltou que quanto antes uma criança desenvolve o apreço pela leitura melhor será o resultado. “É uma boa alternativa de lazer e que promove inclusão social, melhora a empregabilidade e reduz a violência”, afirmou.
Rogério Vaquero
