São Paulo e países árabes assinam protocolo para fortalecer relações comerciais

Governador e secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, Arm Mussa, assinam protocolo de cooperação comercial

qui, 12/05/2005 - 14h06 | Do Portal do Governo


São Paulo e os países da Liga Árabe devem incrementar as relações comerciais. Um protocolo de cooperação comercial foi assinado, nesta quinta-feira, dia 12, pelo governador Geraldo Alckmin e pelo secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, Arm Mussa, durante encontro empresarial Brasil-Países Árabes realizado na capital paulista.

O Estado de São Paulo é responsável por cerca de um terço de tudo o que o Brasil importa dos países da Liga Árabe e por 40% do que é exportado para a região. “E podemos crescer muito mais porque exportamos produtos que interessam aos países da Liga Árabe: açúcar, suco de laranja, café, carne (que obedece o ritual de abate da religião muçulmana), frango, frutas, avião, máquinas, tratores, caminhões, veículos e equipamentos agrícolas”, destacou o governador.

De acordo com Alckmin, o esforço paulista para fortalecer as relações comerciais entre o Estado e os países da Liga Árabe também prevê a aproximação das universidades, da ciência e tecnologia, do turismo e do comércio.

O governador destacou ainda que São Paulo está se consolidando como uma plataforma exportadora. “Respondemos por um terço das exportações brasileiras”, afirmou. Ele lembrou que as exportações paulistas cresceram 38% nos últimos 12 meses e que o Estado exporta produtos de valor agregado, o que gera empregos e melhora a renda da população. Dos US$ 31 bilhões exportados no ano passado, US$ 25 bilhões foram de produtos manufaturados e US$ 2,5 bilhões de semi-faturados.

Para que São Paulo seja cada vez mais atraente ao mercado, o Governo paulista investe em infra-estrutura, inclusive com a criação de um novo corredor de exportação (Campinas-São José dos Campos-Porto de São Sebastião), logística e na formação de mão-de-obra qualificada.

Após a assinatura do termo de cooperação, Alckmin lembrou que há amizade e integração com o mundo árabe. Segundo ele, mais de 6 milhões de árabes ou descendentes vivem em São Paulo e nosso idioma está repleto de palavras de origem árabe. “Confio tanto que vamos ter um fortalecimento grande nesse trabalho que até comecei a estudar o idioma árabe. Já aprendi massary”, brincou, citando a gíria que significa “dinheiro”.

Cíntia Cury